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Gigantesca, marca Louis Vuitton pode ficar ainda maior: Gadfly

Andrea Felsted

26/01/2018 13h22

(Bloomberg) -- A bolsa Neverfull da Louis Vuitton ainda não está completamente cheia.

Quando parecia que a demanda de luxo havia chegado ao pico, a LVMH registrou mais um desempenho de sucesso. Todas as divisões atingiram ou superaram as estimativas de crescimento das vendas orgânicas no último trimestre, e a margem operacional também aumentou.

A LVHM se beneficiou do ressurgimento do apetite dos consumidores chineses por bens de luxo, que tem dado um impulso às vendas em todo o setor nos últimos 18 meses.

A empresa esteve no lado certo da tendência global dos consumidores, que se abasteceram com produtos de beleza, com a rede Sephora, a linha de beleza Fenty, de Rihanna, e os cosméticos Christian Dior. Depois de um desempenho tão forte, os investidores devem estar atentos aos riscos à demanda global - mas, para a LVMH, parece que a vida de luxo vai durar.

Neste ressurgimento do segmento de luxo, as mais beneficiadas foram as megamarcas. E nada é mais "mega" do que a Louis Vuitton. As ações quase dobraram nos últimos 18 meses e são negociadas com um lucro estimado de 22,8 vezes.

Embora o valor seja apenas um pouco mais alto que o do grupo de pares de luxo da Bloomberg Intelligence, o prêmio para o mercado mais abrangente se reduziu nos últimos três meses. Isso soa duro, considerando a escala e o desempenho constantemente forte da LVMH - mesmo em contraste com o quarto trimestre forte de 2016.

Embora exista o risco de que a demanda chinesa - em parte, uma recuperação após alguns anos magros - comece a desaparecer, há pouco sinal de que isso vá acontecer agora, e a LVMH confirma que a atividade continuou forte no início de 2018. Um teste importante da força do apetite dos consumidores chineses será as compras para a iminente comemoração do ano-novo.

O segmento de luxo sempre se sai bem quando os mercados de ações vão de vento em popa e os compradores se sentem felizes e confiantes, então sempre existe o risco de que uma queda das ações freie o boom da ostentação. Isso parece improvável e, mesmo que aconteça, um salva-vidas já está a postos: as reduções de imposto dos EUA sustentariam as compras feitas por indivíduos com grandes patrimônios.

É verdade que o grupo continua enfrentando um euro forte e vai ser difícil equiparar o crescimento fenomenal registrado ao longo de 2017. Mas, quando a empresa afirma que está "cautelosamente confiante", ela tem toda a razão. Existem alguns riscos para a demanda sempre crescente por bolsas de Louis Vuitton e batons Christian Dior, mas parece que a LVMH está conseguindo evitá-los.

Esta coluna não reflete necessariamente a opinião da Bloomberg LP e de seus proprietários.