Gestora de US$ 57 bi volta a prestigiar fundos de hedge
(Bloomberg) -- A volatilidade voltou e uma das maiores gestoras de recursos da Escandinávia considera recrutar mais fundos de hedge para cuidar da carteira.
Mikko Mursula, diretor de investimentos da Ilmarinen Mutual Pension Insurance, disse que a equipe da instituição está "com um sentimento mais positivo em relação aos fundos de hedge do que há uns dois anos".
Segundo Mursula, que trabalha em Helsinki administrando aproximadamente US$ 57 bilhões, a Ilmarinen atualmente usa fundos de hedge em menos de 2 por cento da carteira. Essa parcela pode ser ampliada, mas dificilmente passará de 5 por cento, ele afirmou.
"Meu entendimento é que entraremos em um tipo de ambiente de maior volatilidade", ele disse. "Pelo menos teoricamente, isso deve significar um ambiente operacional muito melhor também para investidores ativos, como fundos de hedge."
Em 2007, a Ilmarinen decidiu usar mais estratégias internas de hedge. Incluindo essas operações, o fundo de pensão aloca mais de 10 por cento dos recursos nessa modalidade.
Mursula conta que, na época do início da crise financeira, a Ilmarinen optou por fazer mais internamente porque o setor não tinha transparência suficiente.
Internamente, a Ilmarinen trabalha com "muitos tipos de estratégias de volatilidade, muitos tipos de estratégias de impulso, algumas estratégias de ações com posições compradas e vendidas", ele disse. "Uma estratégia de subclasse de ativo que não estamos operando internamente é ligada a risco de seguro."
Ainda assim, a volta da volatilidade não muda muito a estratégia da Ilmarinen. De acordo com Mursula, investidores de longo prazo como ele não foram tão prejudicados quanto a maioria do mercado quando a volatilidade disparou subitamente, no começo de fevereiro.
"É difícil imaginar que muitos investidores de fundos de pensão tenham entrado em pânico", ele disse. "Não mudamos em nada o nível de risco da nossa carteira."
A Ilmarinen não está sozinha
No caso da Varma Mutual Pension Insurance, que administra cerca de US$ 56 bilhões, a volta da volatilidade sustenta a confiança em uma estratégia que já depende muito de fundos de hedge ? para os quais a Varma aloca aproximadamente 17 da carteira.
"O contexto amplo é que a volatilidade provavelmente aumentará e a importância de movimentos táticos pode ser maior do que no ano passado", disse o diretor de investimentos Reima Rytsola. Isso significa que o peso das ações na carteira pode flutuar mais neste ano, ele explicou.
"Temos muitos fundos de hedge e as taxas de retorno deles foram muito boas no ano passado", ele afirmou. "Qualquer aumento significativo não está contemplado no curto prazo, mas podem ocorrer leves mudanças."
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