Principal produtora de ouro da Austrália aposta no Equador

(Bloomberg) -- A maior produtora de ouro da Austrália, a Newcrest Mining, investirá US$ 250 milhões em uma participação na Lundin Gold para ampliar sua presença no Equador, que está atraindo uma onda de gigantes da mineração em busca de grandes depósitos inexplorados de metais.

A Newcrest terá 27,1 por cento da Lundin Gold, que tem sede em Vancouver e espera iniciar a produção na mina de ouro e prata Fruta del Norte, no sudeste do Equador, até o fim do ano que vem. As empresas explorarão outras oito concessões ao norte e ao sul do projeto por meio do acordo e a Newcrest pode ampliar a participação no empreendimento a 50 por cento investindo US$ 20 milhões ao longo de cinco anos, informou a produtora com sede em Melbourne, em comunicado nesta segunda-feira.

A maior mineradora do mundo, a BHP Billiton, e a Hancock Prospecting, da bilionária Gina Rinehart, estão entre as empresas que estão correndo para o Equador em busca de grandes depósitos de cobre e de ouro. A América Latina recebeu o maior aumento em investimentos em exploração em 2017, segundo a S&P Global Market Intelligence.

A Newcrest, que detém 14,5 por cento de participação na empresa de exploração SolGold, focada no Equador, e embarcou em uma campanha global de exploração, anunciou na semana passada que busca ampliar a exposição para mais dois depósitos de ouro de nível 1, além de seu projeto de desenvolvimento Golpu e de suas minas Cadia e Lihir. A mina Fruta del Norte "entraria nos limites desse critério", disse Paul Hissey, analista da RBC Capital Markets em Melbourne, em nota.

De acordo com o plano da Lundin Gold para vender novas ações, a Orion Mine Finance Group ficará com 11,4 por cento e a Lundin Family Trusts terá 22,3 por cento, informou a empresa canadense em comunicado separado. A Newcrest aceitou uma restrição de oito anos antes de aumentar sua participação na Lundin Gold para mais de 32 por cento.

--Com a colaboração de Ranjeetha Pakiam