Aéreas apoiam startup que busca reconquistar simpatia por elas
(Bloomberg) -- A Volantio, startup com sede em Atlanta que ajudou a United Airlines a gerenciar o overbooking após o escândalo do médico Dao no verão passado (Hemisfério Norte), está anunciando aos investidores que solucionou uma questão aparentemente impossível: como gerar mais dinheiro para as empresas aéreas e ao mesmo tempo aumentar o nível de satisfação dos clientes.
Oito meses após a criação de seu produto, a empresa -- que ajuda as aéreas a reorganizar o inventário oferecendo preventivamente compras de passagens a clientes flexíveis -- fechou uma rodada de financiamento série B de US$ 2,6 milhões neste mês. A soma não impressiona tanto quanto os capitalistas de risco por trás dela. Três das quatro maiores investidoras em aviação do mundo, que raramente dão as mãos, estão apoiando a empresa: International Airlines Group (IAG), Jet Blue Technology Ventures (JTV) e Qantas Ventures.
Um dos motivos que levaram estas empresas a entrarem no páreo é evitar a publicidade negativa que afetou a United no ano passado, quando a companhia retirou à força um médico de um avião com excesso de passagens vendidas, deixando-o com uma concussão e o nariz quebrado. A tecnologia da Volantio poderia ter reacomodado preventivamente passageiros em outros voos para que a empresa aérea não acabasse extrapolando a venda de passagens. Até hoje as empresas aéreas administram a reprogramação de reservas de forma manual.
Mas as aplicações da Volantio são muito mais variadas -- e favoráveis ao consumidor -- do que isso. As empresas aéreas estão interessadas porque a plataforma oferece diversas soluções para problemas enfrentados diariamente. "Com a Volantio, vemos oportunidades reais de apoiar nossos clientes e ajudar a Jet Blue a gerenciar melhor operações irregulares", diz Bonny Simi, presidente do braço de capital de risco da Jet Blue. A Jet Blue, em si, tem uma política estrita contra o overbooking, o que enfraquece o argumento principal da utilidade da Volantio -- mas a aérea poderia utilizar a tecnologia para mitigar outras crises, como trocas súbitas de aeronaves ou cancelamentos forçados por questões climáticas. Ela é útil para a maioria das situações em que é necessário pedir mudanças ou concessões aos passageiros.
Clientes irritados
As empresas aéreas estão tentando acabar com o overbooking, que tem irritado uma enorme quantidade de clientes.
Com o apoio da Volantio, as empresas aéreas podem mudar essa história sem comprometer seus resultados. Podem revender todos os assentos liberados a um preço elevado, o que maximizaria a receita e reequilibraria o número de passageiros, acabando com o drama no portão de embarque. Desta forma, as operações são simplificadas, com menos agentes do portão terão que realizar a tarefa de prestar assistência aos clientes. E os passageiros são recompensados por sua flexibilidade muito antes de partirem para o aeroporto, se -- e apenas se -- assim quiserem. O CEO da Volantio, Azim Barodawala, chama o esquema de "vitória tripla".
Até agora, a Volantio foi lançada com Qantas, Iberia, Volaris e Alaska Airlines. Mais empresas aéreas se unirão a ela em breve. "Esperamos ter nove a 12 aéreas usando nossa plataforma até o final do ano, e temos um trajeto bastante forte para alcançar esse objetivo", diz Barodawala, em referência ao forte interesse das principais empresas aéreas americanas e internacionais.
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