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Perto da 'cruz da morte', bitcoin deve cair a US$ 2.800, diz analista

Todd White e Eddie van Der Walt

16/03/2018 12h13

(Bloomberg) -- Os negociadores que procuram uma direção futura dos preços de bitcoin nos padrões dos gráficos estão encontrando mais indicadores que sugerem que a maior moeda digital do mundo pode enfrentar novas quedas.

A média móvel de 50 dias do bitcoin caiu e atingiu a maior proximidade com a média móvel de 200 dias em nove meses. Uma queda para abaixo desse nível --algo que não acontece desde 2015-- sinalizaria para os analistas técnicos uma nova fraqueza futura, fenômeno que chamariam de "death cross", ou "cruz da morte". Outro indicador com média móvel já mostra tendência de queda.

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Apesar de muitos investidores em criptomoedas não seguirem análises técnicas, o universo das moedas digitais está atraindo o interesse de negociadores profissionais, que prestam cada vez mais atenção nos indicadores após o salto recorde do bitcoin em dezembro.

"Houve uma mudança definitiva nos últimos meses após a bolha do fim de 2017", disse Paul Day, analista técnico e chefe de futuros e opções da Market Securities Dubai.

O estrategista estudou a queda de 2013 da moeda virtual em busca de pistas a respeito de como ela pode se comportar desta vez.

A conclusão? Prepare-se para uma queda de 76% em relação à alta do fim de fevereiro, o que levará o bitcoin a irrisórios US$ 2.800 se a tendência de queda se repetir.

Independentemente disso, os investidores em bitcoins deveriam fazer as pazes com a volatilidade, muitas vezes ligada a riscos regulatórios e de segurança.

Altas variações

Quando a média móvel de 50 dias da moeda esteve pela última vez abaixo da média mais longa, nos primeiros 10 meses de 2015, seu desempenho era pouco interessante. O preço caiu 5,2% no período. Posteriormente, do dia em que ficou novamente acima do nível de resistência até o fim do ano, subiu 43%.

A moeda está acima dessa linha desde 2015 e acumulou três ganhos anuais consecutivos no processo.

"Os gráficos e as análises técnicas passaram a ser usados na negociação de bitcoin e outras criptomoedas com a chegada de organismos profissionais ao mercado", disse Daire Ferguson, da plataforma de câmbio irlandesa AvaTrade, acrescentando que as políticas regulatórias determinarão a sorte dos tokens digitais.

(Com a colaboração de Dave Liedtka)

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