Apple quer reconquistar estudantes e professores com iPad barato
(Bloomberg) -- A Apple está se preparando para lançar novos modelos de iPad de baixo custo e software de educação na semana que vem, uma tentativa de reconquistar estudantes e professores diante da concorrência do Google e da Microsoft.
Em seu primeiro grande evento de produtos do ano, a Apple voltará às suas raízes no mercado de educação. O evento, na terça-feira no Lane Technical College Prep High School, em Chicago, marcará a primeira vez que a Apple realiza um lançamento de produto voltado para a educação desde 2012, quando lançou uma ferramenta para projetar livros eletrônicos para o iPad. É também uma rara ocasião em que a Apple realiza um evento fora de seu estado natal, a Califórnia.
Em Chicago, a empresa de tecnologia mais valiosa do mundo planeja exibir uma nova versão de seu iPad mais barato, que deve atrair o mercado de educação, disseram pessoas a par do assunto. A empresa também apresentará um novo software para a sala de aula, disseram as pessoas, que pediram anonimato ao comentar planos privados. A Apple preferiu não comentar.
Steve Jobs deu prioridade às escolas desde o início da existência da Apple. Mas, à medida que a empresa se voltou para produtos do mercado de massa e de margens mais altas nos últimos anos, o Google e a Microsoft conseguiram invadir as salas de aula com laptops e tablets baratos. No ano passado, o mercado global de tecnologia educacional gerou US$ 17,7 bilhões em receita, de acordo com a empresa de pesquisa Frost & Sullivan.
A Apple respondeu por 17 por cento das remessas de computação móvel para estudantes americanos do jardim da infância até o ensino médio, de acordo com dados do terceiro trimestre publicado pela Futuresource Consulting. Os dispositivos que rodam sistemas operacionais do Google em Chromebooks ou tablets Android detiveram 60 por cento do mercado, e os PCs com Windows, 22 por cento. Embora o Mac e o iPad representem menos de 20 por cento das vendas combinadas da Apple, estudantes e professores são um mercado-chave para impulsionar compras futuras.
Um novo laptop MacBook mais barato está sendo desenvolvido e deverá substituir o MacBook Air com um preço inferior a US$ 1.000, mas provavelmente não ficará pronto a tempo para a próxima semana, disseram as pessoas. O MacBook Air, lançado há cerca de uma década, não sofreu grandes alterações desde 2010, o mesmo ano em que o iPad foi lançado. Embora o laptop seja popular entre estudantes universitários, ele definhou quando a Apple passou a se concentrar em modelos de Mac mais caros.
Laptops rivais fizeram incursões pelo mercado de educação ultimamente, um campo que originalmente ajudou a Apple a fazer seu nome. O setor é valorizado entre os gigantes da indústria porque os estudantes aprendem a usar determinado tipo de dispositivo e depois, quando entram no mercado de trabalho, disseminam a tecnologia mais amplamente.
Com um recente ataque publicitário, a Apple espera conquistar mais jovens com o iPad. A empresa modificou sua estratégia em relação ao tablet ao longo dos anos, lançando versões diferentes com diversos preços. Isso ajudou a unidade do iPad a voltar a crescer após vários trimestres em declínio. Ainda assim, a demanda por tablets está fraca. Segundo a empresa de pesquisa IDC, o mercado encolheu cerca de 7 por cento em 2017. A Apple cresceu 3 por cento no ano passado e lidera o setor, com cerca de um quarto do mercado.
Em um convite para o evento de Chicago, a Apple anunciou que vai apresentar "ideias novas e criativas para professores e estudantes". Ter um lugar onde os participantes possam ver a nova tecnologia em ação dentro de uma sala de aula seria uma boa estratégia para uma empresa que foca seus anúncios em demonstrações ao vivo.
--Com a colaboração de Debby Wu
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.