Despesa ligada ao clima deve subir para 25% do orçamento da UE
(Bloomberg) -- O braço executivo da União Europeia deverá propor a utilização de 25 por cento dos recursos disponíveis no próximo orçamento plurianual da UE para atividades relacionadas à proteção climática, garantindo assim que os novos desafios econômicos e políticos não diminuam a determinação do bloco no combate à poluição.
O rascunho da Comissão Europeia para o orçamento 2021-2027, que será proposto em 2 de maio, ampliará a chamada integração climática, que corresponde a 20 por cento no atual plano financeiro plurianual, segundo uma pessoa informada sobre o assunto. Os recursos para reduzir as emissões e adaptar-se às mudanças climáticas serão destinados a políticas como ajuda regional, transporte, pesquisa e relações externas, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque as negociações sobre o rascunho do orçamento são confidenciais.
A proposta de orçamento pós-Brexit deverá desencadear um conflito político no bloco em um momento em que a comissão, com sede em Bruxelas, tenta equilibrar os interesses dos que fazem colaborações líquidas aos cofres da UE e mostram ceticismo em relação ao aumento das despesas e os interesses dos beneficiários líquidos, cuja expansão econômica tem dependido do financiamento europeu. O plano defenderá reduções na ajuda agrícola e regional para permitir mais investimentos em segurança.
As prioridades políticas da Europa estão mudando, mas a UE deseja continuar liderando as iniciativas globais para reduzir os gases causadores do efeito estufa, que os cientistas culpam pelo aquecimento do planeta, e tenta se tornar menos dependente dos combustíveis fósseis adotando fontes de energia renováveis e menos poluentes. O bloco visa a reduzir as emissões de carbono em pelo menos 40 por cento até 2030, em comparação com os níveis de 1990, e aumentar a participação das energias renováveis para pelo menos 27 por cento do consumo de energia.
Em novembro, a comissão deverá apresentar uma nova estratégia climática para as próximas décadas. Diversos estados-membros e inúmeros grupos de pressão ambientalistas defendem metas mais rígidas.
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