FCA acelera Fiat, Jeep e Ram no Brasil para retomar liderança
(Bloomberg) -- A Fiat Chrysler quer voltar ao topo no Brasil e planeja gastar mais do que as suas rivais para chegar lá.
A montadora, que tem sede em Londres, foi a líder em vendas no país por 14 anos até 2015, quando perdeu o título para a General Motors. Mas não foi apenas a crise do setor automotivo brasileiro, com muita capacidade e pouca demanda, que prejudicou o grupo. A Fiat Chrysler se distraiu com a compra da Chrysler e tentava posicionar suas novas marcas em todo o mundo.
Agora, planeja investir R$ 14 bilhões (US$ 3,9 bilhões) na América Latina, dos quais mais de 90% irão para o Brasil, disse Antonio Filosa, presidente para a região, durante uma entrevista em São Paulo na segunda-feira. A empresa também vai lançar 25 modelos no país até 2022, sendo 15 modelos Fiat, e 10 Jeep e Ram, e esse número pode crescer.
O investimento faz parte do plano de negócios de 45 bilhões de euros (R$ 200 bilhões) para 2018-2022 anunciado em 1 de junho. Os recursos serão utilizados para desenvolvimento de produtos, motores e novas tecnologias. Na América Latina, a marca Fiat receberá R$ 9 bilhões, sendo os R$ 5 bilhões restantes destinados a Jeep e Ram.
"O Brasil será a principal região de desenvolvimento da Fiat para o futuro", disse Filosa. "Somos o motor da marca Fiat".
O investimento da FCA na América Latina se compara a R$ 13 bilhões da General Motors para 2014-2020 e R$ 7 bilhões da Volkswagen até 2020.
Entre os lançamentos previstos para a marca italiana, Filosa disse que três deles serão chamados de Utility Vehicles, ou UVs, em resposta à demanda de clientes e revendedores. Os modelos atenderão "a parte do mercado que não era atendida antes e que representa uma maior rentabilidade média para a empresa," disse.
A meta para a América Latina, segundo o executivo, é alcançar uma rentabilidade em torno de dois dígitos ao longo dos cinco anos até 2022. E os UVs ajudarão nesse sentido, já que "essa fatia de mercado tem poder de compra, então vamos nos aproximar mais da parte premium do mercado latino-americano", disse Filosa.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.