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Rio Tinto afirma que diamante artificial barato não é ameaça

David Stringer, Thomas Biesheuvel e Paul Allen

12/07/2018 12h48

(Bloomberg) -- A Rio Tinto Group, que tem minas de diamantes na Austrália e no Canadá, não teme a chegada das gemas produzidas em laboratório e não dá importância à iniciativa da principal produtora do setor, que adotou a tecnologia.

"Especialistas e conhecedores perceberão imediatamente a diferença entre um diamante natural - que levou bilhões e bilhões de anos para ser gerado, produzido - e um diamante sintético, que talvez tenha levado algumas horas", disse Jean-Sébastien Jacques, CEO da Rio Tinto, em entrevista concedida à Bloomberg TV na quinta-feira em Sidney. "É impossível comparar esses tipos de diamantes. Eles são tão diferentes como a água e o vinho, para ser sincero."

Apostando que as gemas mais baratas conseguirão atrair consumidores mais jovens, a De Beers, líder do mercado, começará a vender produtos feitos pelo homem, criando uma nova concorrência no setor de gemas, avaliado em US$ 80 bilhões. Um diamante artificial de 1 quilate atualmente custa cerca de US$ 4.000, quase a metade do preço de um diamante natural. As gemas da De Beers produzidas em laboratório custarão cerca de US$ 800 por quilate.

A Rio Tinto, que tem sede em Londres e é a segunda maior mineradora do mundo, continua comprometida com o setor de diamantes por suas margens altas, embora o produto tenha contribuído com menos de 2 por cento da receita no ano passado. A produtora está de olho em possíveis negócios e vem intensificando uma busca para descobrir um projeto que substitua suas minas existentes, que devem chegar ao fim da vida útil em meados da década de 2020, de acordo com Jacques.

"Demos uma missão muito clara à nossa equipe de exploração, que precisa encontrar uma nova mina de alto nível. No entanto, esta missão é muito desafiadora", disse ele. "Somos pacientes e estamos dedicando recursos: dinheiro, tempo, profissionais. Estamos pressionando nossas equipes de exploração em todo o mundo."

Repórteres da matéria original: David Stringer em Melbourne, dstringer3@bloomberg.net;Thomas Biesheuvel em Londres, tbiesheuvel@bloomberg.net;Paul Allen em Hong Kong, pallen32@bloomberg.net