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Calmaria pode anunciar setembro de tempestades no Golfo dos EUA

Brian K. Sullivan

16/08/2018 14h47

(Bloomberg) -- É improvável que o mês de agosto dê origem a uma tempestade no Atlântico forte o suficiente para sacudir os mercados agrícola e de energia. Mas setembro "é outra história", segundo um importante meteorologista.

"Suponho que teremos pelo menos um furacão no Atlântico cujo nome será aposentado", disse Jeff Masters, cofundador da Weather Underground em Ann Arbor, Michigan, por e-mail. "O maior perigo está ao longo da Costa do Golfo dos EUA, devido à grande quantidade de energia térmica existente por lá."

O nome de uma tempestade é aposentado quando ela é particularmente destrutiva. Cerca de 5 por cento do gás natural e 17 por cento do petróleo dos EUA vêm da região do Golfo, que também fornece cerca de 45 por cento da capacidade de refino e metade do processamento de gasolina do país, segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês).

Além da energia, a Flórida é a segunda maior produtora mundial de suco de laranja.

O cerne da temporada de furacões do Atlântico começa por volta de 20 de agosto, normalmente atinge o pico em meados de setembro e termina em 30 de novembro. No momento, há dois redemoinhos de água quente no Golfo que poderiam gerar uma tempestade, escreveu Masters, ambos mais fortes que o que gerou o furacão Harvey no ano passado. O Harvey atingiu o litoral do Texas como uma tempestade de categoria 4 e inundou boa parte da região de Houston com chuvas recorde.

"Se alguma coisa conseguir se desencadear no Golfo em um ambiente de baixo cisalhamento, atenção", disse Masters.

Cinco tempestades saíram do Atlântico neste ano, sendo que a tempestade subtropical Ernesto está em andamento atualmente, de forma inofensiva, no extremo norte do Atlântico. O ocorrido mostra uma antecipação em relação à média de longo prazo, segundo a qual a quinta tempestade normalmente chega em 31 de agosto, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA.