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São Francisco escolhe startups menores para projeto de patinetes

Joshua Brustein

31/08/2018 11h58

(Bloomberg) -- São Francisco escolheu as startups Scoot Networks e Skip dentro do grupo de 12 empresas que esperavam participar do programa piloto de compartilhamento de patinetes da cidade, deixando de lado a Bird Rides e a Lime, as duas operadoras mais famosas responsáveis pela moda de usar esses veículos elétricos em ruas e calçadas dos EUA. Estas empresas tiveram mais sorte, contudo, em Santa Mônica, na Califórnia, que também anunciou os parâmetros de seu programa de patinetes na quinta-feira.

Em São Francisco, a Scoot e a Skip estarão autorizadas a colocar 625 patinetes nas ruas durante seis meses a partir de 15 de outubro, informou a agência municipal de transportes da cidade na quinta-feira, em comunicado. A agência informou que poderá permitir que as empresas disponibilizem até 2.500 patinetes após os seis primeiros meses do teste, que terá duração de um ano.

Toby Sun, CEO da Lime, disse que o resultado foi "decepcionante" e chamou as duas operadoras de patinetes, relativamente pequenas, de "inexperientes". Ele também pediu que o gabinete do prefeito reveja a condução do processo de licenciamento da agência e prometeu recorrer da decisão. A Bird se comprometeu a "continuar trabalhando com as autoridades de São Francisco" e ressaltou que seus usuários enviaram cerca de 30.000 e-mails à administração municipal em protesto contra a proibição de seus patinetes.

As gigantes do ramo de carona compartilhada Uber e Lyft também estavam entre as empresas rejeitadas pela autoridade de transporte para o programa de compartilhamento de patinetes. Ambas as empresas revelaram planos nos últimos meses de oferecer serviços de compartilhamento de bicicletas e patinetes em seus aplicativos de carona, mas ainda não lançaram patinetes em nenhuma cidade. A Bloomberg News noticiou na quinta-feira que a Uber começou a trabalhar no projeto de seu próprio patinete para se diferenciar das concorrentes, que usam em sua maioria unidades sem marca de fabricação chinesa.

A rejeição em sua cidade de origem foi um golpe, especialmente para a Uber, que já opera um serviço de compartilhamento de bicicletas em São Francisco por meio da startup Jump Bikes, que comprou em abril.

Também na quinta-feira, autoridades de Santa Mônica, na Califórnia, anunciaram que a Bird, a Lime, a Uber e a Lyft receberiam permissão para operar no projeto piloto de compartilhamento de patinetes da cidade. A Bird e a Lime terão permissão para distribuir 750 patinetes cada e a Uber e a Lyft poderão distribuir 250 cada, a partir de 17 de setembro.

Santa Mônica também autorizou a Uber e a Lyft a colocarem 500 bicicletas nas ruas como parte de um serviço de compartilhamento de bicicletas que começará no mesmo dia.

O futuro das empresas de patinetes não depende da decisão de uma única cidade. A Bird opera serviços de patinetes em cerca de 40 cidades e a Lime está em mais de 20. Mas autoridades locais de todo o país e do mundo atualmente estudam abordagens para as formas alternativas de transporte e poderiam repetir as estratégias das cidades que adotarem a modalidade primeiro.