Bebidas com maconha podem formar mercado de US$ 600 mi nos EUA
As bebidas misturadas com substâncias derivadas da maconha poderão crescer e se transformar em um mercado de US$ 600 milhões nos EUA nos próximos quatro anos, superando o crescimento de outras categorias de produtos de varejo à base de cannabis, segundo analistas da Canaccord Genuity.
As bebidas com ingredientes com CBD ou THC poderiam crescer e capturar cerca de 20 por cento do mercado americano de produtos comestíveis de maconha até 2022, contra 6 por cento dos produtos desse tipo vendidos atualmente, escreveu Bobby Burleson, da Canaccord, em nota.
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Trata-se de uma oportunidade que as grandes fabricantes de cerveja e refrigerante querem aproveitar -- a Constellation Brands, empresa controladora da Corona, se tornou a maior acionista da produtora de maconha canadense Canopy Growth neste ano, e a Molson Coors Canada formou uma joint venture com a Hexo. Além disso, a Coca-Cola anunciou que está avaliando a ideia.
"O interesse do setor cervejeiro disparou devido às evidências crescentes sobre a relação de substituição entre cannabis e álcool, enquanto as grandes fabricantes de refrigerantes veem cada vez mais o CBD como algo que se encaixa naturalmente em seus produtos de bem-estar, que têm importância estratégica", escreveu Burleson.
A Canaccord prevê que a demanda por bebidas com CBD, ou canabidiol, uma substância não psicoativa presente na maconha, chegará a US$ 260 milhões até 2022, contra uma "receita insignificante" do limitado rol de bebidas atual, enquanto as bebidas à base de THC podem chegar a US$ 340 milhões, contra US$ 106 milhões esperados para este ano.
Outros se mantêm mais cautelosos em relação à oportunidade. Informações dos estados americanos do Colorado e do Oregon mostram que a legalização do uso recreativo de maconha não reduziu o consumo de cerveja, e que o consumo de maconha no Colorado se manteve próximo da média nacional, escreveu Pablo Zuanic, da Susquehanna, na quinta-feira.
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