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Construtoras planejam 33.000 unidades em Manhattan em 5 anos

Oshrat Carmiel

28/09/2018 12h13

(Bloomberg) -- Há um excedente de residências em Manhattan e vêm aí mais dezenas de milhares.

São esperadas cerca de 33.000 novas unidades para venda ou aluguel nos próximos cinco anos, com as maiores concentrações nas partes norte e sul do distrito, segundo análise da Marketing Directors, uma corretora de novos empreendimentos.

O problema é que Manhattan já está inundada de condomínios e apartamentos de alto padrão devido à explosão da construção pós-recessão -- um excedente que limita os preços tanto de aluguel quanto de compra, já que os nova-iorquinos acabam buscando sem pressa as melhores ofertas. Para as incorporadoras, a próxima onda de construção pode aumentar a pressão para encontrar inquilinos e compradores.

"Esta é realmente a principal pergunta que recebemos de nossas incorporadoras clientes depois de 'por quanto podemos vender isso?' e 'quão rápido podemos vender?'", disse Joshua Silverbush, diretor de perspectivas de mercado da corretora com sede em Nova York. "O que mais está chegando e contra quem estamos competindo?"

Estima-se que 1.643 novos imóveis para aluguel deverão chegar ao mercado até o fim do ano. O número de edifícios de apartamentos em desenvolvimento aumentará para 3.831 em 2021, segundo a empresa, que considerou na conta as unidades que já garantiram ou que já pediram autorização para construir, além dos projetos anunciados que ainda não deram entrada na papelada.

Estão chegando também mais condomínios novos -- mais de 2.000 apenas em 2019. No caso dos projetos com planos de vendas detalhados, o preço médio por unidade é de US$ 2,7 milhões, segundo Silverbush. O valor sugere que grande parte da oferta futura é de residências menores e que há menos foco em grandes espaços voltados a investidores ultrarricos, disse.