Alta do mercado de ações inibe venda de casas de praia nos EUA
(Bloomberg) -- Os frequentadores das praias nos Hamptons não estão no clima das compras neste ano.
As vendas de casas nas cidades de férias de Long Island caíram pelo terceiro trimestre consecutivo, despencando 13 por cento em relação ao ano anterior no período de três meses terminado em setembro, afirmaram a taxadora Miller Samuel e a Douglas Elliman Real Estate em relatório divulgado nesta quinta-feira. O maior declínio foi registrado entre os imóveis com preços abaixo de US$ 1 milhão, essas transações caíram 22 por cento.
Qualquer pessoa que estivesse pensando no luxo de comprar uma segunda casa teve que considerar muitos fatores neste ano: novas leis tributárias federais dos EUA tornaram a posse de imóveis mais onerosa, as taxas hipotecárias aumentaram e o mercado de ações prometia melhores retornos. Compradores em potencial na região dos Hamptons, muitos dos quais trabalham no setor financeiro de Nova York, parecem hesitantes em extrair seus ganhos do mercado agora.
"As pessoas têm dinheiro no mercado de ações, que está líquido, e elas estão indo muito bem, então faz sentido talvez deixar esse dinheiro lá por um tempo", disse Cia Comnas, que administra vendas nos Hamptons para a Brown Harris Stevens. O relatório da corretora sobre o mercado, também divulgado nesta quinta-feira, mostrou um declínio tanto no número quanto no valor total das vendas.
A nova lei tributária - que limita as deduções federais sobre impostos estaduais e locais a US$ 10.000 e deduções de juros de hipotecas para empréstimos de até US$ 750.000 - não tem um impacto tão direto nos Hamptons, onde os impostos são relativamente mais baixos e muitas compras são feitas em dinheiro, disse Comnas. No entanto, essas mudanças abalaram duramente os mercados em que os compradores em potencial têm sua casa primária.
"As pessoas de Westchester compram uma casa secundária nos Hamptons e as pessoas de Manhattan compram uma casa secundária nos Hamptons", disse Comnas. "Quando esses mercados desaceleram, isso afeta nosso mercado."
Embora tenha havido menos vendas nos Hamptons, o preço médio do que mudou de mãos no trimestre aumentou 15 por cento, para US$ 1,03 milhão, de acordo com a Brown Harris Stevens, sugerindo um número maior de vendas no segmento de luxo.
Os compradores de casas de menor custo "são mais sensíveis aos preços e mais dependentes de hipotecas", disse Carl Benincasa, vice-presidente regional da Douglas Elliman que administra vendas nos Hamptons.
Os vendedores no segmento de luxo - cujos imóveis estão na faixa de 10 por cento mais cara do mercado - viram o trimestre como um bom momento para colocar suas casas à venda. O número de imóveis de luxo no mercado no final de setembro subiu 40 por cento em relação ao ano anterior, para 452 unidades, um recorde em dados que remontam ao final de 2011, afirmaram Miller Samuel e Douglas Elliman.
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