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Novartis e Pfizer fazem pacto para estudar doença hepática

Tim Loh

29/10/2018 15h12

(Bloomberg) -- As gigantes farmacêuticas Novartis e Pfizer estão se unindo para avaliar se a combinação de seus medicamentos pode gerar avanços no tratamento de uma doença hepática que afeta milhões de pacientes e que está se disseminando.

As empresas avaliarão se a mistura do tropifexor, da Novartis, com certos compostos da Pfizer pode ajudar pacientes que sofrem de esteato-hepatite não alcoólica, conhecida pela sigla em inglês NASH, uma condição atualmente sem opção de tratamento que afeta 6,5 por cento da população mundial, segundo comunicado da Novartis, nesta segunda-feira.

Os pacientes com NASH são um subgrupo dos que sofrem de doença hepática gordurosa não alcoólica, na qual o excesso de gordura é armazenado no órgão, mas não devido ao consumo de álcool. Os pacientes com NASH têm também inflamação do fígado e danos celulares -- uma combinação que pode causar fibrose ou cicatrizes e também câncer de fígado, segundo o Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos EUA.

Os medicamentos da Pfizer foram projetados com o objetivo de reduzir a gordura do fígado, disse Morris Birnbaum, diretor científico de Clínica Médica da farmacêutica, em entrevista, por telefone.

Por outro lado, o tratamento da Novartis tem como alvo as inflamações e cicatrizes, segundo Eric Hughes, chefe de desenvolvimento global para imunologia, hepatologia e dermatologia. As empresas preferiram não informar os detalhes financeiros do acordo.

"Estamos muito entusiasmados para ver o que essa combinação conseguirá", disse Hughes, em entrevista, por telefone. "A complexidade da doença realmente se encaixa bem com os profundos conhecimentos que ambas as empresas trazem para a mesa."