Maiores empresas do mundo planejam aderir ao efeito WeWork
(Bloomberg) -- As empresas que mais empregam no planeta veem um futuro repleto de cerveja grátis e pôsteres motivacionais estilo new age. Os escritórios delas precisarão acompanhar.
Depois que a WeWork reinventou a experiência de escritório para freelancers e startups, grandes empresas preveem uma disparada no uso de espaço flexível nos próximos três anos, segundo pesquisa com empresas internacionais com 3,5 milhões de funcionários realizada pela corretora Knight Frank. Mais da metade deles estima que o espaço não tradicional representará pelo menos um quinto do total, contra cerca de 5 por cento atualmente.
"A WeWork mudou o jogo dos imóveis corporativos", disse Lee Elliot, chefe global de pesquisa com locatários da Knight Frank, que liderou a pesquisa. Além de buscar mais flexibilidade, as grandes empresas procurarão cada vez mais "ambientes cheios de comodidades que ajudam seus funcionários com os desafios do trabalho moderno".
A mudança representa um grande desafio para os maiores proprietários de imóveis do mundo, que tradicionalmente se concentram em garantir aluguéis de longo prazo para maximizar o valor dos edifícios e reduzir o risco dos imóveis vagos. Em Londres, proprietárias como British Land, Great Portland Estates e Crown Estate começaram a usar alguns de seus edifícios como espaços flexíveis em resposta à mudança da demanda.
"A duração média do aluguel no centro de Londres é de cerca de sete anos e meio", disse Elliot. "São pelo menos dois ou três ciclos de planejamento para a maioria das empresas agora." Ele estima que a parcela de espaço em aluguéis flexíveis em Londres subirá para 7 por cento a 10 por cento nos próximos anos, contra quase 5 por cento atualmente.
Em um momento em que as empresas se concentram mais em contratar e manter funcionários de talento, seus escritórios estão se transformando em mais uma ferramenta para melhorar o recrutamento e a produtividade. Pagar aluguéis mais elevados por espaços de alta qualidade ou flexíveis oferecidos por empresas de trabalho compartilhado pode ser mais barato do que substituir constantemente funcionários insatisfeitos e improdutivos, apontaram as pesquisas da Knight Frank. Os aluguéis mais curtos também permitem que os empregadores sejam mais flexíveis em uma era em que as mudanças tecnológicas estão remodelando setores inteiros cada vez mais rapidamente.
A WeWork, que é apoiada pela Softbank Group, vem se expandindo a um ritmo alucinante desde a fundação, em 2010, oferecendo aos clientes vantagens como espaços comunitários, cerveja e café gratuitos e uma rede global. Depois de começar com foco em startups e empreendedores, agora a WeWork projeta escritórios para empresas maiores.
Grandes bancos como Citigroup, HSBC Holdings e Deutsche Bank começaram a colocar algumas equipes, muitas vezes focadas em tecnologia, em espaços de trabalho compartilhado ou mais sofisticados fora de suas sedes principais. No mês passado, o Morgan Stanley contratou seu primeiro diretor médico, em um sinal de que as grandes empresas estão focando mais no bem-estar dos funcionários e no impacto disso sobre a produtividade.
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