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Goldman e JPMorgan veem 5 altas no juro dos EUA até fim de 2019

Simon Kennedy

21/11/2018 12h12

(Bloomberg) -- Apesar da derrapada dos mercados financeiros, Goldman Sachs e JPMorgan Chase mantiveram projeções de que o banco central dos EUA vai elevar a taxa básica de juros mais cinco vezes até o final de 2019.

Mesmo diante do tombo do S&P 500, em relatórios divulgados de ontem para hoje, economistas dos dois bancos previram que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e seus colegas, subirão os juros novamente em dezembro e que a taxa chegará a 3,50 por cento até o fim do ano que vem.

"Os bancos centrais entregarão mais aperto do que os mercados antecipam atualmente", escreveram economistas do JPMorgan chefiados por Bruce Kasman.

Segundo eles, a queda do desemprego nos EUA para 3,3 por cento e o avanço da inflação em 12 meses para 2,3 por cento levarão o Fed a subir a taxa, que hoje oscila em um intervalo de 2 por cento a 2,25 por cento.

No Goldman Sachs, a equipe de Jan Hatzius vê 90 por cento de probabilidade de elevação de juros em dezembro e considera os riscos à projeção de quatro acréscimos em 2019 "amplamente equilibrados".

Ainda que reconheçam as intensas perdas das bolsas recentemente, economistas do Goldman Sachs enfatizam que um estudo de episódios de quedas desde 1994 sugere que o Fed só adota uma postura de maior acomodação quando outras métricas das condições financeiras também se deterioram substancialmente ou quando o crescimento econômico fica abaixo da tendência de longo prazo.

"Embora os spreads de crédito tenham se ampliado recentemente, o crescimento permanece significativamente acima do potencial", declarou o Goldman.

Outros não estão tão convictos de que o Fed será tão agressivo. O Morgan Stanley só espera dois acréscimos em 2019, após a alta de dezembro. A Bloomberg Economics projeta três aumentos nos juros nos EUA no ano que vem.