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China comprará mais carregamentos de soja dos EUA, segundo fonte

Isis Almeida e Shruti Date Singh

19/12/2018 11h59Atualizada em 19/12/2018 17h45

(Bloomberg) -- A China, maior consumidora de soja do mundo, estaria comprando oleaginosas produzidas nos EUA pela segunda semana seguida depois de evitar grande parte da oferta americana no início do ano devido a uma guerra comercial entre os dois países.

A estatal chinesa de armazenamento Sinograin e a empresa de alimentos Cofco compraram cerca de 10 carregamentos de soja da região do Golfo dos EUA na terça-feira, segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto, que pediu para não ser identificada porque as transações são privadas.

As compras desta semana, e pelo menos 1,4 milhão de toneladas anunciadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (Usda, na sigla em inglês) na semana passada, surgem após uma trégua temporária na guerra comercial que praticamente paralisou a compra de soja americana pela China. Dados do Usda mostram que a China compra 30 milhões a 35 milhões de toneladas de soja dos EUA em um ano normal.

"A China continua sendo um mercado importante para os produtores de soja dos EUA e vemos essas vendas recentes, embora relativamente pequenas, como importantes passos adiante em nossa relação comercial geral", disse Jim Sutter, CEO do Conselho de Exportação de Soja dos EUA, por e-mail, na terça-feira.

Especulações não confirmadas no mercado apontam para a venda de 20 carregamentos na terça-feira, ou cerca de 1,2 milhão de toneladas, embarcadas em grande parte pelos terminais do Noroeste Pacífico e do Golfo, segundo Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da INTL FCStone em Kansas City, Missouri, nos EUA.

As transações de terça-feira elevaram o prêmio local em cerca de US$ 0,05 por bushel, segundo dois traders. Na segunda-feira, o preço à vista agregado em Louisiana, perto do Golfo dos EUA, subiu US$ 0,17, ou 1,9 por cento, para US$ 9,12 por bushel, segundo dados compilados pela DTN.

"Estamos vendo ofertas mais firmes baseadas em aquisições adicionais da China", disse Tiffany Heier, gerente da unidade da cooperativa James Valley Grain em Verona, Dakota do Norte, nos EUA, por e-mail, na terça-feira.