BofA sugere compra de EM e venda se sair acordo EUA-China
(Bloomberg) -- A recuperação dos ativos dos mercados emergentes deve continuar até que a provável conclusão de um acordo comercial EUA-China até o final de fevereiro limite os ganhos, de acordo com o Bank of America.
O banco, que se tornou mais otimista sobre os ativos das nações em desenvolvimento diante da postura mais dovish do Federal Reserve, está mantendo sua posição de risco por ora. No entanto, uma consolidação do rali pode ocorrer quando os EUA e a China chegarem a um acordo para desarmar guerra comercial que afetou os mercados financeiros e diminuiu as perspectivas de crescimento global.
"A conclusão de um acordo comercial (final de fevereiro) pode ser uma data inicial para uma consolidação no sentido de 'comprar-no-boato-vender-no-fato'", escrevem estrategistas liderados por David Hauner em uma nota. "Por enquanto, mantemos uma postura de risco, exceto no México e na Turquia, que têm desempenho inferior."
O BofA prefere investir na Ucrânia, Rússia, África do Sul, Brasil, Argentina e moedas asiáticas. O banco também cita alguns indicadores técnicos para justificar sua posição favorável, incluindo seu indicador de sentimento de moeda de mercados emergentes, que atualmente implica uma probabilidade de 65% de que esses ativos se recuperem nas próximas quatro semanas.
Os títulos, as moedas e os ações mercados emergentes acumulam alta neste ano, após um selloff em 2018, provocado pelo aumento das tarifas comerciais nas duas maiores economias do mundo e pelo aumento da produção dos EUA. Agora, com avaliações mais atraentes e a perspectiva de uma pausa no aperto do Fed, bancos incluindo Morgan Stanley e Credit Suisse estão otimistas em nações em desenvolvimento, que teriam espaço para ganhar.
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