Tanure faz oferta por rede de postos portuguesa Prio: Fontes
(Bloomberg) -- O investidor brasileiro Nelson Tanure fez uma oferta não vinculante pela Prio SGPS, uma empresa de capital fechado que administra 250 postos de gasolina e várias lojas de conveniência em Portugal, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
Tanure, acionista e membro do conselho da companhia brasileira de petróleo e gás Petro Rio, que não tem qualquer relação com a Prio, está estudando as contas da rede portuguesa em um processo de due diligence antes de decidir sobre uma oferta final e vinculante, disse uma das pessoas próximas às discussões.
A Prio recebeu outras ofertas não vinculantes, algumas das quais avaliaram a empresa em mais de 200 milhões de euros (US$ 225 milhões), incluindo dívidas, disse outra pessoa próxima das negociações. Não está claro quanto foi a oferta de Tanure.
A Prio, com sede em Aveiro, no Norte de Portugal, é gerida pelo fundo de private equity Oxy Capital e controlado por várias instituições financeiras, através de um fundo de reestruturações.
As conversas entre a Oxy Capital e Tanure são preliminares e outra oferta pode acabar sendo a vencedora, disseram as pessoas, que não quiseram se identificar porque as discussões são privadas.
Representantes de Tanure não quiseram comentar. A Oxy Capital não retornou imediatamente um pedido de comentário feito na segunda-feira. "O fato de haver muitas partes interessadas na Prio é motivo de orgulho para a equipe que trabalha na empresa", disse o CEO da Prio, Pedro Morais Leitão.
Em Portugal, Tanure possui 7,1% da Pharol por meio da holding Blackhill Holding Limited. O principal ativo da Pharol, com sede em Lisboa, é uma participação de 5% na empresa brasileira de telecomunicações Oi, na qual Tanure também investiu, durante a turbulenta recuperação judicial que se tornou a maior da história do Brasil.
No auge da crise financeira de Portugal em 2013, a Oxy Capital tomou o controle da Prio da Martifer, uma empresa portuguesa de construção metálica. A Oxy Capital administra agora um fundo que pertence a algumas instituições financeiras. O acordo foi parte de um esforço dos bancos para limitar os empréstimos de liquidação duvidosa, buscando uma nova equipe de gestão para recuperar a empresa antes de tentar vendê-la alguns anos depois.
A receita da Prio subiu 22% para 1,08 bilhão de euros em 2018, quando comparada ao ano anterior. Isso é mais que o dobro de suas vendas em 2013, de acordo com Morais Leitão. O lucro líquido atingiu 18 milhões de euros, 12,5% a mais que em 2017, disse ele.
O Jornal Econômico, de Portugal, noticiou em 28 de setembro que a Oxy Capital havia recebido cinco propostas pela Prio, citando uma pessoa não identificada próxima ao processo. Segundo o jornal, a unidade portuguesa da BP Plc estava entre os proponentes.
Para contatar o editores responsável por esta notícia: Fernando Travaglini, ftravaglini@bloomberg.net;Leonardo Lara, llara1@bloomberg.net;Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Fabiola Moura em São Paulo, fdemoura@bloomberg.net;Henrique Almeida em Lisboa, halmeida5@bloomberg.net
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.