Fortescue vê queda acelerada de estoques de minério de ferro
(Bloomberg) -- Os estoques de minério de ferro nos portos da China, um indicador acompanhado de perto em meio à menor oferta global, podem cair para 100 milhões de toneladas, segundo a presidente da australiana Fortescue Metals Group, que prevê um aumento da produção do setor siderúrgico chinês de até 4% este ano.
"Nossa visão - baseada em conversas que tivemos recentemente com nossos clientes na China - é de que a produção de aço crescerá de 3% a 4% na China neste ano-calendário", disse Elizabeth Gaines a repórteres em Sydney, após uma conferência. A mineradora recebeu a informação sobre a faixa de aumento "no início de março e agora estamos no fim de abril, e temos visto esse desempenho realmente forte", disse.
Os preços do minério de ferro estão em alta este ano, dando impulso à Fortescue e a concorrentes como Rio Tinto e BHP, sob o impacto do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que interrompeu operações de mineração, assim como de um ciclone e acidentes operacionais que reduziram oferta na Austrália. O rali também é puxado pela produção recorde de aço na China no primeiro trimestre. Neste contexto, operadores e investidores têm monitorado os estoques de minério de ferro nos portos da China continental, que despencaram nas últimas três semanas para 136 milhões de toneladas, o nível mais baixo desde outubro de 2017.
"Essa queda aconteceu muito rapidamente, então não é inconcebível que chegue a cerca de 100 milhões de toneladas", disse Gaines a repórteres. E acrescentou: "Ainda não vimos o impacto total das interrupções no Brasil porque a Vale tinha estoques na China, na Malásia e também no Brasil".
A China importou pouco mais de 1 bilhão de toneladas de minério de ferro por ano desde 2016, ou cerca de 83 milhões de toneladas por mês, com mineradoras brasileiras e australianas respondendo pela maior parte dos embarques. O estoque total de minério transportado nos portos da China continental atingiu o nível de 100 milhões de toneladas pela última vez em meados de 2016.
--Com a colaboração de Krystal Chia.
Para contatar o editora responsável por esta notícia: Marisa Castellani, mcastellani7@bloomberg.net
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.