Estratégias para evitar perdas com a guerra comercial EUA-China
(Bloomberg) -- Faça hedge com títulos do Tesouro e opções de alta octanagem. Venda montadoras. Resista aos mercados de crédito e emergentes.
Essas são apenas algumas das estratégias com as quais os investidores estão se protegendo durante a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que já enxugou 2 trilhões de dólares do mercado de ações - interrompendo o derretimento dos ativos de risco ao longo do caminho.
Com o prazo para aplicação das tarifas se aproximando na sexta-feira, todas as apostas estão prontas à espera da delegação chinesa em Washington, após a retórica inflamada do presidente Donald Trump. Alguns gestores de recursos estão tirando o manual de segurança do armário, relembrando o período turbulento em 2018.
"Taticamente acrescentamos títulos do Tesouro diante da instabilidade das negociações comerciais", disse Mark Holman, presidente da TwentyFour Asset Management, em Londres. Holman está "segurando crédito" e preferindo dívida menos volátil e de curto prazo.
A lógica é que, quando as tensões comerciais aumentam, as small caps dos EUA resistem, enquanto as ações chinesas se afundam - e há uma operação a ser executada justamente por isso.
Pravit Chintawongvanich, da Wells Fargo, recomenda usar os dois maiores ETFs que rastreiam esses mercados - o China Large-Cap ETF da BlackRock, ou FXI, e o fundo Russell 2000, ou IWM. Vender opções de hedge no IWM E comprá-las no FXI pode ajudar os investidores a resistir às tensões geradas pelo comércio global, segundo o estrategista.
Títulos de alto rendimento estão na linha de fogo caso o mais recente abalo sobre o comércio global for mais sério. Contudo, a volatilidade implícita que monitora o maior junk bond ETF é decididamente baixa em relação ao Índice de Volatilidade Cboe, ou VIX, potencialmente tornando-se um hedge barato.
A Macro Risk Advisors recomenda opções de compra no produto de referência da BlackRock, com a estratégia de investimento colhendo frutos se o preço do ETF cair ou se as oscilações de preço aumentarem.
Não se preocupe com rendimentos baixos - títulos com prazo mais longo podem dar lucro para investidores com muito caixa de forma segura. No final das contas, tendem a se recuperar muito mais quando o apetite por risco diminui, e têm uma propensão a permanecer relativamente firmes quando as ações avançam.
"Por enquanto, nosso pior cenário é uma correção modesta nos ativos globais de risco, em vez de um colapso total", diz Gaurav Saroliya, chefe de estratégia macro na Oxford Economics. "Mesmo assim, a lógica para manter portfólios de hedge permanece."
--Com a colaboração de Alix Steel, Joanna Ossinger e Luke Kawa.
Repórteres da matéria original: Cecile Gutscher em Londres, cgutscher@bloomberg.net;Yakob Peterseil em Londres, ypeterseil@bloomberg.net
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