Alemanha pode retomar plano de captura e armazenamento de C02
(Bloomberg) -- O governo da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, planeja retomar o projeto de armazenar as emissões de dióxido de carbono no subsolo enquanto o país tenta cumprir suas metas climáticas.
No início desta década, a Alemanha, maior emissora de carbono da Europa, havia desistido do plano de enterrar milhões de toneladas de gases estufa, cedendo às pressões dos custos e da oposição. A decisão havia sido tomada depois de testes realizados por pesquisadores do governo e empresas como RWE, Siemens e Vattenfall.
Enquanto a coalizão de Merkel estuda como reduzir as emissões de carbono em toda a economia para atender às metas do Acordo de Paris na próxima década, a captura e o armazenamento de carbono, ou CAC, podem ser retomados. Desengavetar o projeto CAC destaca a crescente preocupação de Berlim em relação à capacidade da Alemanha de atingir as metas do acordo.
A Alemanha estabeleceu a meta de reduzir a produção de dióxido de carbono em 55% até 2030 em relação aos níveis de 1990. Mas, por enquanto, fracassa em seus esforços já que a estimativa é de queda de apenas 31% das emissões em 2020.
A Agência Internacional de Energia prevê que a tecnologia CAC poderia reduzir a produção global de dióxido de carbono em 14% até 2050.
"A CAC é uma tecnologia segura e comprovada", disse Annya Schneider, consultora sênior do Global CCS Institute, um grupo de defesa do meio ambiente de Bruxelas, em comunicado à Bloomberg. Cerca de 43 instalações CAC de larga escala operam globalmente, 18 delas como empreendimentos comerciais, e outras 25 estão em diferentes estágios de desenvolvimento, disse Schneider.
Uma vez capturado, o dióxido de carbono é bombeado para o subsolo, onde permanece preso nos finos poros de tipos de rocha adequados, como o arenito, por milhões de anos, dizem especialistas. A tecnologia CAC reflete um processo natural que aprisiona recursos naturais, como petróleo e gás, no subsolo durante milhões de anos.
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