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Rali do ouro para US$ 2.000 seria má notícia para diamantes

Yuliya Fedorinova

10/09/2019 07h36

(Bloomberg) -- A previsão do Citigroup de que o ouro poderia ultrapassar US$ 2.000 a onça em dois anos seria negativa para outra commodity preciosa e brilhante: o diamante, segundo Barry Ehrlich, analista do banco.

O cenário otimista do Citi para o ouro é apoiado em fatores que incluem a perspectiva de o Federal Reserve reduzir as taxas de juros para zero, o aumento dos riscos de uma recessão global e também das tensões geopolíticas.

Comparados ao ouro, os diamantes são uma reserva inferior de riqueza e, portanto, dificilmente se beneficiarão significativamente da fuga de investidores de moedas fiduciárias, escreveu Ehrlich. Uma desaceleração das economias global e dos EUA afetaria a demanda.

"Um mercado saudável de diamantes requer um consumidor saudável da classe média dos EUA (e China, Índia)", disse.

Além disso, a história mostra que preços elevados do ouro resultam em níveis mais altos de reciclagem.

Durante o rali de 2011-12, quando o ouro atingiu o recorde atual de US$ 1.921,17 a onça, "junto com esse ouro reciclado também houve um aumento na reciclagem de diamantes", disse Ehrlich. "Se as condições econômicas se deteriorarem, devemos esperar não apenas uma demanda reduzida, mas uma maior oferta de diamantes de reciclagem."

Para contatar a editora responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net