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Irmã de fundador da Snap lança startup de áudio erótico

Kiley Roache

14/11/2019 16h12

(Bloomberg) -- Caroline Spiegel não tem medo de falar sobre sexo.

A empresária de 22 anos fundou a startup Quinn, um site para áudio erótico. Caroline é irmã de Evan Spiegel, fundador da Snap, que desenvolveu o aplicativo de mensagens Snapchat.

Spiegel espera que a Quinn, com lançamento oficial nesta quinta-feira, se torne o local ideal para o que ela chama de "o segredo mais bem guardado da Internet". A Quinn empacota histórias eróticas e "masturbações orientadas" por trás de uma interface tão refinada e minimalista quanto qualquer outra startup com alvo nos millennials, uma grande diferença em relação aos pop-ups e anúncios animados frequentemente associados a sites como o PornHub. De fato, não há fotos nem vídeos.

"O áudio pornô realmente se conecta com partes intangíveis não óbvias do sexo, que o pornô visual simplesmente não consegue da mesma maneira", disse Spiegel.

A Quinn é mais uma novata no crescente mercado de podcasts pornô. Nos últimos cinco anos, fundos de capital de risco investiram US$ 1,6 bilhão em empresas de tecnologia de áudio, segundo o PitchBook, uma categoria que inclui hardware e software para a indústria de música e podcast. De acordo com a PricewaterhouseCoopers e o Interactive Advertising Bureau, o setor de podcast deverá gerar receita de US$ 679 milhões este ano.

E, embora os números não revelem a parcela do conteúdo pornô no mercado de podcast, fica claro que o potencial de lucro e a popularidade atemporal dos romances se encaixam com o sucesso de startups de áudio como Gimlet Media e Anchor para ajudar a estimular o interesse pelo áudio erótico.

Uma das pioneiras foi a Dipsea, uma plataforma de aplicativos para histórias de áudio eróticas curtas que levantou US$ 5,5 milhões com a Bedrock e Thrive Capital. O serviço de assinatura da Dipsea custa US$ 5,99 por mês e agora está entre os 100 aplicativos de entretenimento com maior receita, segundo a consultoria App Annie. Outros concorrentes incluem o Bawdy Storytelling, um podcast com histórias longas, e o Literotica, um site conhecido principalmente pelas histórias escritas, mas que também hospeda conteúdo de áudio.

Durante seu primeiro ano na Universidade Stanford, Spiegel se afastou por um período para tratar um distúrbio alimentar. Ao se recuperar e redescobrir sua sexualidade, ela disse ter percebido que fantasia e excitação "são mais fáceis para algumas pessoas", especificamente para os homens. Então, se propôs a criar um produto para mulheres e, depois de fazer algumas pesquisas, decidiu investir no áudio erótico.