Drones transformam mercado de extração de óleo de palma
(Bloomberg) -- Enquanto uma névoa cobria grandes áreas do Sudeste Asiático no mês passado, profissionais da Genting Plantations em Jacarta investigavam a fonte da fumaça sufocante a mais de mil quilômetros de distância.
Imagens coletadas de drones que sobrevoavam palmeiras da Genting a uma altitude de até 400 metros ajudam a empresa a detectar incêndios em áreas remotas e inacessíveis. O projeto faz parte de uma iniciativa tecnológica para desvincular o óleo de palma, ou azeite de dendê, o óleo vegetal mais consumido no mundo, do trabalho manual. Com isso, esse é um dos mercados de maior expansão para aeronaves comerciais não tripuladas.
"Monitoramos imagens de satélite duas vezes por dia e, se houver focos de incêndio próximos de nossas demarcações, alertaremos a plantação para que tome medidas", disse Narayanan Ramanathan, vice-presidente sênior de consultoria de plantações da Genting. "Se estiverem muito longe e não pudermos acessá-los pela estrada, enviaremos um drone para verificar."
Com os dendezeiros espalhados por cerca de 22,3 milhões de hectares da Malásia e Indonésia - uma área quase do tamanho do Reino Unido -, o setor representa um terreno fértil para as vendas de drones.
Empresas agrícolas foram responsáveis por mais de 25% dos US$ 2,67 bilhões em vendas de drones comerciais em 2016, segundo a Allied Market Research. A demanda deve crescer cerca de 22% ao ano, somando US$ 2,44 bilhões até 2022, afirma.
'Enorme potencial'
"Nos próximos anos, o uso de drones comerciais em plantações de óleo de palma deve mostrar um enorme potencial", disse por e-mail Yash Doshi, que monitora o setor aeroespacial e de defesa na Allied Market Research em Pune, Índia.
Isso se deve em parte à crescente conscientização sobre agricultura sustentável e agricultura de precisão, além de programas governamentais, maior uso de smartphones e novas tecnologias "inteligentes".
As vendas mundiais de drones para empresas agrícolas podem superar US$ 8 bilhões até 2026, de acordo com o Market Study Report, de Selbyville, Delaware.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
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