Com concorrência à espreita, Netflix mostra força no exterior
(Bloomberg) -- Enfrentando uma nova concorrência com algumas das maiores empresas de mídia do mundo, o Netflix está exibindo sua maior vantagem: a presença no exterior.
O Netflix tem mais de 90 milhões de clientes fora dos EUA e Canadá, sendo 47,4 milhões na Europa, Oriente Médio e África e 29,4 milhões na América Latina, segundo documentação submetida a autoridades reguladoras na segunda-feira. A empresa apresentou essas informações para preparar investidores e analistas para seu próximo relatório de resultados, que pela primeira vez trará dados financeiros separados para quatro regiões.
A presença no exterior coloca o Netflix bem à frente de rivais no ramo de streaming como Disney+ (da Walt Disney e que estreou no mês passado) e HBO Max (da AT&T e com lançamento previsto para maio). O quadro também ajuda a compensar a desaceleração dos negócios do Netflix em seu país de origem.
São mais de 60 milhões de clientes nos EUA, o que representa mais da metade das residências com serviço de banda larga. No entanto, a companhia caminha para registrar o menor acréscimo de clientes desde que separou os negócios de streaming e DVD, em 2011.
O Netflix se autodenomina um serviço global e apostou suas fichas na criação de uma rede de TV que seja tão atraente no Brasil, França e Japão quanto nos EUA. O cofundador e presidente Reed Hastings frequentemente cita Facebook e YouTube como gigantes da tecnologia nos quais ele se espelha. Cada um tem mais de 2 bilhões de usuários, embora seus serviços geralmente sejam gratuitos.
Sediada em Los Gatos, na Califórnia, o Netflix lançará mais de 130 temporadas de programas produzidos em outros países no próximo ano, superando a produção doméstica da maioria das empresas de mídia dos EUA.
"Muitos dos programas que são extremamente impactantes no país onde são produzidos tendem a viajar por toda a região e às vezes pelo mundo", explicou Ted Sarandos, diretor de conteúdo, a investidores em outubro.
Nos últimos três anos, o Netflix adicionou cerca de 28 milhões de clientes na Europa e deve registrar o maior aumento bruto de clientes até hoje, apesar do reajuste de preços. O cliente médio na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) paga US$ 10,26, a mensalidade mais alta fora dos EUA e Canadá.
O Netflix ressalta o crescimento na América Latina ao longo dos anos e o documento apresentado na segunda-feira revela que a companhia tem mais de 29 milhões de clientes na região, o equivalente a aproximadamente um terço das residências com serviço de banda larga.
A maior dúvida é em relação à região Ásia-Pacífico, especialmente porque o Netflix agora mira em consumidores sensíveis a preço. A companhia está testando planos de baixo custo na Índia e Indonésia, onde vivem mais de 1,5 bilhão de pessoas.
Os investidores compreenderão melhor o progresso do Netflix após a divulgação do relatório de resultados do quarto trimestre, em 21 de janeiro.
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