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Sony é desafiada pela forte demanda por sensores de imagem

Pavel Alpeyev e Yuki Furukawa

26/12/2019 13h39

(Bloomberg) -- A Sony tem trabalhado sem parar para fabricar seus sensores de imagem, em alta demanda. Ainda assim, o turno de 24 horas não tem sido suficiente.

Pelo segundo ano consecutivo, as fábricas de chips da empresa japonesa vão operar sem interrupções durante a época de festas para tentar atender à demanda por sensores usados em câmeras de telefones celulares, segundo Terushi Shimizu, responsável pela unidade de semicondutores da Sony. A gigante de eletrônicos mais do que dobrou os investimentos, para 280 bilhões de ienes (US$ 2,6 bilhões), neste ano fiscal. A Sony também está construindo uma fábrica em Nagasaki que entrará em operação em abril de 2021.

"A julgar pela maneira como as coisas estão indo, mesmo depois de todo esse investimento em expansão da capacidade, ainda pode não ser suficiente", disse Shimizu em entrevista na sede de Tóquio. "Estamos tendo que pedir desculpas aos clientes" porque simplesmente não conseguimos atender à demanda.

"A câmera se tornou o maior diferencial para as marcas de smartphones e todos querem que suas fotos e vídeos nas redes sociais tenham boa qualidade", disse Masahiro Wakasugi, analista da Bloomberg Intelligence. "A Sony está administrando essa demanda muito bem."

Os semicondutores são agora o negócio mais rentável da Sony depois do PlayStation. Em outubro, a empresa elevou a projeção de receita operacional para a unidade de chips em 38%, para 200 bilhões de ienes no ano que termina em março de 2020, depois de o lucro do segundo trimestre ter aumentado quase 60%. A Sony prevê aumento de 18% para a receita da divisão, para 1,04 trilhão de ienes, dos quais os sensores de imagem respondem por 86%.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net

Repórteres da matéria original: Pavel Alpeyev Tokyo, palpeyev@bloomberg.net;Yuki Furukawa Tokyo, yfurukawa13@bloomberg.net