Mais limites para fornecedores da Huawei estão no forno, diz EUA
(Bloomberg) -- O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse que, em breve, novas regras colocarão mais limites às empresas norte-americanas que são fornecedoras da líder de telecomunicações chinesa Huawei Technologies.No ano passado, a Huawei foi colocada na lista negra como uma ameaça à segurança pelo governo do presidente Donald Trump. A medida impediu que muitas empresas dos EUA vendessem para o grupo chinês. No entanto, alguns fornecedores norte-americanos conseguiram desviar das regras para continuar enviando alguns componentes eletrônicos essenciais para a Huawei.
"São trabalhos em andamento que serão divulgados a curto prazo", afirmou Ross sobre as novas restrições, durante entrevista no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Um porta-voz do Departamento de Comércio disse que fará um anúncio quando este estiver pronto.
Ross disse que o objetivo final dos EUA não é bloquear todos os componentes norte-americanos para a Huawei, mas proteger a segurança nacional. Ele acrescentou que as restrições à Huawei não foram negociadas durante a primeira fase do acordo comercial com a China. O próximo passo nesse processo mais amplo ainda não foi dado, afirmou.
"Em nossa posição atual, não há nenhuma intenção particular de negociá-lo na fase dois", disse Ross.
A Huawei não quis comentar.
Uma nova restrição pode comprometer a capacidade da Huawei de continuar produzindo alguns de seus maiores produtos. Autoridades chinesas ameaçaram uma retaliação contra fornecedores que deixam de fazer negócios com a maior empresa de tecnologia do país. A Huawei negou que ajude o governo chinês a obter acesso ilícito a informações e disse que seus equipamentos são seguros.
Ross disse anteriormente à Bloomberg TV que a Huawei estava incentivando empresas dos EUA a desrespeitarem as regras, o que é uma "prática muito perigosa e, a longo prazo, não será bom para elas". O governo dos EUA está analisando de perto mecanismos de controle de exportação depois de constatar que a Huawei conseguiu continuar comprando de empresas americanas.
Algumas empresas dos EUA continuaram vendendo para a Huawei citando regras que limitam a capacidade do governo dos EUA de restringir as exportações. As disposições "de minimis" isentam certos produtos se as companhias puderem provar que a maioria do trabalho realizado para fabricar os itens acontece fora dos EUA. O limite atual é acionado quando 75% do trabalho ocorre no exterior. O governo estuda elevar esse limite para 90%. A mudança da regra está atualmente sendo analisada pelo Escritório de Gestão e Orçamento e pode ser aprovada em breve, de acordo com pessoas com conhecimento do processo.
Um novo regulamento para o fornecimento direto de produtos também está sendo analisado pelo Departamento de Comércio e pode avançar no processo em questão de semanas, segundo as pessoas. Essa regra se aplicaria a produtos projetados nos EUA, mas fabricados inteiramente no exterior, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.
--Com a colaboração de Yuan Gao.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Jenny Leonard em Washington, jleonard67@bloomberg.net;Ian King em São Francisco, ianking@bloomberg.net
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