Coronavírus derruba demanda de produtos Adidas e Puma na China
(Bloomberg) -- As gigantes alemãs de artigos esportivos Adidas e Puma admitiram que as vendas desabaram na China devido ao coronavírus, que forçou as duas a manter lojas fechadas, enquanto o medo de contágio afasta consumidores dos centros comerciais.
A Adidas informou por e-mail que as vendas caíram 85% desde 25 de janeiro. Já a Puma avisou que faturamento e lucros vão mal neste primeiro trimestre e que os lucros vão ficar abaixo do esperado para o ano.
A avaliação desanimadora das marcas de artigos esportivos é mais uma evidência de que o surto de coronavírus abalou o motor da economia mundial, reprimindo a demanda de produtos como bolsas e tênis.
No caso da Puma, mais da metade das lojas na China estão temporariamente fechadas. As autoridades locais tomaram medidas drásticas para conter uma epidemia que já matou mais de 2.000 pessoas: empregadores pedem que seus funcionários fiquem em casa, shopping centers e restaurantes estão vazios, parques de diversões e cinemas estão fechados, é praticamente proibido viajar a menos que seja essencial.
As duas empresas citaram desempenho mais fraco em outros países da Ásia. A Adidas observou queda no tráfego de consumidores no Japão e Coreia do Sul, mas não "um grande impacto nos negócios". Já Puma informou que a diminuição do fluxo de turistas chineses prejudica a demanda em outros mercados asiáticos.
As ações da Adidas caíram 1,1% em Frankfurt. Antes do surgimento do vírus, os negócios tinham "forte desempenho" na China, segundo a companhia.
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