Petróleo dos EUA e Rússia entre mais vulneráveis à fraca demanda
(Bloomberg) -- A demanda por petróleo encolhe em ritmo mais rápido do que o previsto, e a produção no interior dos Estados Unidos, Rússia e Canadá é mais vulnerável a esse novo quadro, segundo o Goldman Sachs.
O consumo deve cair 25% ou 26 milhões de barris nesta semana. As medidas de distanciamento social para conter o coronavírus agora afetam 92% do PIB global, disseram analistas da equipe do Goldman, como Jeff Currie e Damien Courvalin, em relatório. Foram anunciados cortes de produção em poços de pelo menos 900 mil barris por dia, mas o número real deve ser maior e aumentar a cada hora, disseram.
"A magnitude final dessas paralisações, que ainda é desconhecida, deve alterar permanentemente o setor de energia e sua geopolítica", disseram os analistas. Os preços do petróleo do interior começam a entrar em território negativo e podem criar um choque inflacionário associado à oferta, porque muita produção será interrompida, disseram.
O petróleo tipo Brent deve permanecer na casa dos US$ 20 o barril com picos temporários de queda, já que as variedades litorâneas estão melhor posicionadas em comparação com o petróleo produzido no interior dos EUA, Canadá e Rússia, que são transportados em oleodutos, disse Goldman. As paralisações não se basearão na localização dos poços na curva de custos, mas na logística e no acesso, segundo o relatório.
A atual crise do petróleo fará com que o setor de energia finalmente conduza a reestruturação de que tanto necessita, embora a iniciativa para a descarbonização vinda do mercado de capitais possa prejudicar o amplo investimento necessário para uma recuperação, segundo os analistas.
©2020 Bloomberg L.P.
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