BP registra prejuízo de US$ 3,2 bi após indenizações por vazamento de 2010
Londres, 28 jul (EFE).- A companhia petrolífera britânica BP anunciou nesta terça-feira um prejuízo de US$ 3,22 bilhões no primeiro semestre do ano devido às indenizações pelo vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010.
As perdas, que se produziram, sobretudo, no segundo trimestre, contrastam com o lucro de US$ 6,89 bilhões registrados nos seis primeiros meses de 2014, disse a empresa em comunicado enviado à Bolsa de Londres.
No último dia 2 de julho, a BP divulgou um acordo com governo federal e vários estados americanos para pagar US$ 18,7 bilhões durante 18 anos, com o objetivo de encerrar os processos pendentes pelo vazamento de petróleo ocorrido no Golfo do México em 2010, que provocou 11 mortes e um grande desastre ambiental.
A companhia disse hoje que o acordo representou no segundo semestre um prejuízo antes dos impostos de US$ 9,8 bilhões, resultando numa perda total de US$ 5,82 bilhões no período.
No trimestre anterior, a BP teve um lucro líquido de US$ 2,6 bilhões. Já entre outubro e dezembro de 2014, o resultado positivo foi de US$ 3,37 bilhões.
A BP informou que o montante antes dos impostos para enfrentar os custos relativos ao vazamento subiu para US$ 54,6 bilhões.
No relatório de resultados divulgado hoje, a companhia aponta que teve perdas brutas de US$ 6,33 bilhões, frente ao lucro de US$ 10,4 bilhões do mesmo período do ano anterior.
A receita na primeira metade deste ano foi de US$ 116,7 bilhões, uma queda de 38,18% em relação aos seis primeiros meses de 2014.
A empresa indicou que sua dívida líquida aumentou US$ 293 milhões em relação ao segundo trimestre de 2014, totalizando agora US$ 24,8 bilhões, já incluindo o impacto das indenizações nos EUA.
No segundo trimestre de 2015, cujos resultados também foram divulgados hoje, a produção de gás e petróleo, incluindo a Rússia, foi de 3,1 milhões de barris de petróleo ao dia. O preço médio do barril foi de US$ 62, maior do que os US$ 54 do primeiro trimestre.
A empresa também aprovou hoje um dividendo de US$ 0,10 por ação.
O executivo-chefe da BP, Bob Dudley, reconheceu que "o entorno externo continua sendo difícil", apesar de destacar que a empresa "se movimentou rápido" para enfrentar os novos desafios.
"O trabalho realizado para melhorar a eficiência e reduzir custos está construindo benefícios sustentáveis dentro do grupo. Continuaremos com a disciplina de capital e desinvestimentos", afirmou.
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