Queda no preço do petróleo é risco muito grande para economia, diz S&P
Paris, 13 jan (EFE).- A diminuição do preço das matérias-primas, especialmente do petróleo, é um risco muito alto para as perspectivas econômicas, por ser também uma ameaça de desestabilização sociopolítica nos países produtores, advertiu nesta quarta-feira a agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P).
"Estamos diante de um risco muito grande", ressaltou o economista-chefe da S&P para Europa, Oriente Médio e África, Jean-Michel Six, em entrevista coletiva em que lembrou que alguns analistas prevem que o barril de petróleo pode chegar a US$ 25 nos próximos meses.
Six destacou que a cotação do barril de petróleo não tem a ver unicamente com a diminuição da demanda da China, mas em grande medida com o excesso de oferta, e isso perturba os equilíbrios dos países produtores, que alé da redução da venda ao exterior podem se ver desestabilizados.
De fato, e apesar dos sobressaltos das bolsas de valores das últimas semanas, Six especificou que em sua agência de qualificação estão "um pouco menos inquietos do que outros observadores sobre a China do que sobre outros emergentes", especificamente países que dependem da venda de matérias-primas.
Segundo sua análise, o arrefecimento da progressão do Produto Interno Bruto (PIB) da China era um fenômeno "inevitável", por causa da transição rumo a outro modelo de produção com maiores salários e com produtos de maior valor agregado e deveria ser "bem-vindo" na medida em que é aceito pelas autoridades de Pequim.
Do Brasil, no entanto, que teve sua nota soberana rebaixada em setembro pela agência ao nível de "bônus lixo", disse que está em "uma situação extremamente grave", pelo impacto da política monetária dos Estados Unidos, a brutal queda da demanda de matérias-primas pela China "e, sobretudo, por uma governança econômica que tem debilidades".
O economista-chefe da S&P considerou que o ideal com o petróleo seria que houvesse uma estabilização porque um maior descenso reduziria ainda mais a demanda ao exterior dos produtores e além disso anteciparia um aumento posterior que pode ser descontrolado.
Em qualquer caso, considerou que "por enquanto a recuperação da zona do euro agüenta" graças à demanda interna de seus membros e às trocas comerciais em seu interior.
Sobre a política de compras maciças de títulos do Banco Central Europeu (BCE), Six disse que foi bem recebida quando foi anunciada, em março do ano passado, mas sobre sua efetividade agora pesam "um certo número de fatores exógenos, em particular o entorno internacional deflacionista", que perturbam sua transmissão à economia real.
De acordo com sua análise, enquanto persistir esse contexto internacional, aumentar o programa de compra de títulos do BCE parece "perfeitamente inútil" porque há liquidez suficiente no mercado.
O que julga provável é que o BCE tente influenciar a taxa de câmbio do euro em relação ao dólar com uma queda suplementar das taxas de juros (já negativas) sobre os depósitos bancários.
Em relação aos Estados Unidos, a S&P espera um aumento progressivo das taxas de juros do Federal Reserve, mas "extremamente frágil" porque a força do dólar em relação às principais divisas limita as possibilidades dessa elevação.
"Estamos diante de um risco muito grande", ressaltou o economista-chefe da S&P para Europa, Oriente Médio e África, Jean-Michel Six, em entrevista coletiva em que lembrou que alguns analistas prevem que o barril de petróleo pode chegar a US$ 25 nos próximos meses.
Six destacou que a cotação do barril de petróleo não tem a ver unicamente com a diminuição da demanda da China, mas em grande medida com o excesso de oferta, e isso perturba os equilíbrios dos países produtores, que alé da redução da venda ao exterior podem se ver desestabilizados.
De fato, e apesar dos sobressaltos das bolsas de valores das últimas semanas, Six especificou que em sua agência de qualificação estão "um pouco menos inquietos do que outros observadores sobre a China do que sobre outros emergentes", especificamente países que dependem da venda de matérias-primas.
Segundo sua análise, o arrefecimento da progressão do Produto Interno Bruto (PIB) da China era um fenômeno "inevitável", por causa da transição rumo a outro modelo de produção com maiores salários e com produtos de maior valor agregado e deveria ser "bem-vindo" na medida em que é aceito pelas autoridades de Pequim.
Do Brasil, no entanto, que teve sua nota soberana rebaixada em setembro pela agência ao nível de "bônus lixo", disse que está em "uma situação extremamente grave", pelo impacto da política monetária dos Estados Unidos, a brutal queda da demanda de matérias-primas pela China "e, sobretudo, por uma governança econômica que tem debilidades".
O economista-chefe da S&P considerou que o ideal com o petróleo seria que houvesse uma estabilização porque um maior descenso reduziria ainda mais a demanda ao exterior dos produtores e além disso anteciparia um aumento posterior que pode ser descontrolado.
Em qualquer caso, considerou que "por enquanto a recuperação da zona do euro agüenta" graças à demanda interna de seus membros e às trocas comerciais em seu interior.
Sobre a política de compras maciças de títulos do Banco Central Europeu (BCE), Six disse que foi bem recebida quando foi anunciada, em março do ano passado, mas sobre sua efetividade agora pesam "um certo número de fatores exógenos, em particular o entorno internacional deflacionista", que perturbam sua transmissão à economia real.
De acordo com sua análise, enquanto persistir esse contexto internacional, aumentar o programa de compra de títulos do BCE parece "perfeitamente inútil" porque há liquidez suficiente no mercado.
O que julga provável é que o BCE tente influenciar a taxa de câmbio do euro em relação ao dólar com uma queda suplementar das taxas de juros (já negativas) sobre os depósitos bancários.
Em relação aos Estados Unidos, a S&P espera um aumento progressivo das taxas de juros do Federal Reserve, mas "extremamente frágil" porque a força do dólar em relação às principais divisas limita as possibilidades dessa elevação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.