Fitch prevê que recessão no Brasil será "profunda e prolongada"
São Paulo, 19 jan (EFE).- A agência de classificação de risco Fitch previu nesta terça-feira que a recessão econômica do Brasil será "mais profunda e prolongada" que o previsto e descartou que o país recupere seu grau de investimento "rapidamente".
Em um relatório divulgado pela agência, no qual analisa a perda pelo Brasil do selo de bom pagador, a Fitch afirmou que "as previsões no médio prazo continuam frágeis".
A agência calculou ainda que o país fechará 2016 com uma contração de 2,5%, um número inferior ao 3,5% estimado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Com uma "retração da demanda doméstica, a confiança local minada e um cenário externo contrário", assim como com "incerteza política" e "as investigações pelo caso de corrupção da Petrobras", a agência descartou que o Brasil retorne rapidamente ao grau de investimento que perdeu em dezembro.
O Brasil se desprendeu do status que o garantia como país seguro para os investidores depois que, após o rebaixamento da Standard & Poor's, a Fitch reduziu a nota para o crédito soberano do país a "BB+", um nível em que sua dívida é considerada como especulativa.
De acordo com a agência, "o rebaixamento da nota do Brasil refletiu a profunda recessão econômica, os contínuos desenvolvimentos fiscais adversos e o aumento da incerteza política que podiam solapar ainda mais a capacidade do governo para implementar medidas que estabilizem a carga da dívida pública".
Precisamente os desafios na arena política são um dos aspectos nos quais mais incide o documento, que aponta o possível processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Congresso como um dos obstáculos para a recuperação fiscal.
"O início do processo de impeachment contra a presidente Dilma acrescentou uma camada a mais de incerteza ao já desafiante ambiente político", declarou o relatório.
A agência prevê também que "os riscos de governabilidade, a fraqueza econômica, o aumento da inflação e os desequilíbrios fiscais" permanecerão "em qualquer cenário posterior ao processo de impeachment".
Por isso, a Fitch considera "desafiante" que o Brasil consiga acabar este ano com uma meta fiscal equivalente a 0,5% de seu Produto Interno Bruto e destaca que "a previsão fiscal para 2016 continua incerta".
Por outro lado, prevê uma "leve recuperação" da economia brasileira para 2017, desde que "se estabilize o ambiente político e diminua a incerteza", apesar de que, segundo a empresa, "os riscos estão enormemente inclinados para baixo".
A agência de qualificação condiciona essa recuperação a "uma melhora no ambiente político que leve à implementação da confiança", a uma "consolidação fiscal" e à "redução dos desequilíbrios macroeconômicos", tais como o déficit e a alta inflação, situada acima de 10% em 2015.
Caso contrário, segundo a agência, o país continuará com uma "extensa recessão".
Em um relatório divulgado pela agência, no qual analisa a perda pelo Brasil do selo de bom pagador, a Fitch afirmou que "as previsões no médio prazo continuam frágeis".
A agência calculou ainda que o país fechará 2016 com uma contração de 2,5%, um número inferior ao 3,5% estimado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Com uma "retração da demanda doméstica, a confiança local minada e um cenário externo contrário", assim como com "incerteza política" e "as investigações pelo caso de corrupção da Petrobras", a agência descartou que o Brasil retorne rapidamente ao grau de investimento que perdeu em dezembro.
O Brasil se desprendeu do status que o garantia como país seguro para os investidores depois que, após o rebaixamento da Standard & Poor's, a Fitch reduziu a nota para o crédito soberano do país a "BB+", um nível em que sua dívida é considerada como especulativa.
De acordo com a agência, "o rebaixamento da nota do Brasil refletiu a profunda recessão econômica, os contínuos desenvolvimentos fiscais adversos e o aumento da incerteza política que podiam solapar ainda mais a capacidade do governo para implementar medidas que estabilizem a carga da dívida pública".
Precisamente os desafios na arena política são um dos aspectos nos quais mais incide o documento, que aponta o possível processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Congresso como um dos obstáculos para a recuperação fiscal.
"O início do processo de impeachment contra a presidente Dilma acrescentou uma camada a mais de incerteza ao já desafiante ambiente político", declarou o relatório.
A agência prevê também que "os riscos de governabilidade, a fraqueza econômica, o aumento da inflação e os desequilíbrios fiscais" permanecerão "em qualquer cenário posterior ao processo de impeachment".
Por isso, a Fitch considera "desafiante" que o Brasil consiga acabar este ano com uma meta fiscal equivalente a 0,5% de seu Produto Interno Bruto e destaca que "a previsão fiscal para 2016 continua incerta".
Por outro lado, prevê uma "leve recuperação" da economia brasileira para 2017, desde que "se estabilize o ambiente político e diminua a incerteza", apesar de que, segundo a empresa, "os riscos estão enormemente inclinados para baixo".
A agência de qualificação condiciona essa recuperação a "uma melhora no ambiente político que leve à implementação da confiança", a uma "consolidação fiscal" e à "redução dos desequilíbrios macroeconômicos", tais como o déficit e a alta inflação, situada acima de 10% em 2015.
Caso contrário, segundo a agência, o país continuará com uma "extensa recessão".
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