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Mais de 100 países se reunirão em Astana para preparar a EXPO 2017

24/02/2016 09h05

Arturo Escarda

Astana, 24 fev (EFE).- Quase 300 representantes de 100 países convidados a participar da EXPO 2017 de Astana se reúnem nesta quarta-feira na capital cazaque para preparar o grande evento internacional com o qual Cazaquistão espera se consolidar como potência regional de Ásia Central.

Já são 75 os países que confirmaram o comparecimento à EXPO 2017, que as autoridades deste país querem transformar em vitrine do progresso e mostrar os avanços que alcançou desde sua independência da União Soviética.

"Este ano celebramos os 25 anos desde nossa independência e já se pode ver o que conquistamos neste tempo. Desde então entramos no clube dos 50 países mais desenvolvidos do mundo e nosso objetivo é estar entre os 30 primeiros", disse à Agência Efe Rapil Zhoshibaev, vice-ministro das Relações Exteriores cazaque.

Entre os países que já confirmaram sua presença na Exposição Universal de Astana figuram Rússia, China, Japão e alguns europeus, como Alemanha, França, Hungria ou Suíça.

À reunião também estarão 30 países convidados que, embora por diferentes motivos não confirmaram sua participação, têm interesse no evento.

É o caso da Espanha, que segundo disse à Agência Efe o embaixador espanhol em Astana, Pedro José Sanz, espera a formação de governo para poder confirmar oficialmente sua presença na EXPO.

"Na situação atual de governo interino ainda não pudemos confirmar nossa participação. Acreditamos que estaremos, porque nosso país sempre participa das exposições universais, mas atualmente devemos esperar", disse Sanz.

A Exposição Universal, disse Zhoshibaev, "é um dos eventos internacionais mais pacíficos, focalizados a mostrar os avanços da humanidade e do mundo no qual vivemos, e nosso tema -a energia do futuro- desperta um grande interesse em muitos países".

A capital cazaque, uma das mais modernas cidades do mundo levantada praticamente desde zero em poucos anos, "será uma excelente plataforma para mostrar o futuro" aos participantes e presentes à EXPO, que começará em junho do ano que vem, afirmou o também curador da exposição.

"A realização de um evento tão importante é um grande empurrão para nossa cidade, que se transformará durante a EXPO em um espaço para mostrar ao resto do mundo os últimos avanços no âmbito da energia", acrescentou.

A EXPO de Astana destaca-se pelo apoio governamental com poucos precedentes na história contemporânea da exposição, sublinhou hoje em declarações à Efe Vicente Loscertales, secretário-geral do Gabinete Internacional de Exposições, com sede em Paris.

"Temos um projeto que é mais que uma EXPO. É um esforço geopolítico por pôr esta cidade no centro do desenvolvimento deste país", disse Loscertales.

A organização da Exposição "conta com o apoio total da presidência da República, por isso que goza de meios e recursos superiores às EXPO organizadas em anos passados outros países", ressaltou.

"O envolvimento pessoal do presidente (Nursultan Nazarbayev) propicia que todas as organizações e instituições estatais estejam implicadas" no esforço para que tudo saia bem, afirmou o secretário-geral do Gabinete.

O Cazaquistão, nono país do mundo por extensão e muito rico em recursos naturais -incluídos alguns dos mais poucos no planeta, como o urânio-, "teve um grande êxito em seu desenvolvimento" nos últimos anos, reconheceu Loscertales.

"Tudo isto faz com que muitos países, inclusive aqueles muito desenvolvidos que são criadores das tecnologias de última geração, considerem esta EXPO como uma plataforma para poder aumentar seu comércio com o Cazaquistão", recalcou.

As obras no local que receberá a Exposição seguem e tanto a organização como o Gabinete Internacional de Exposições têm a absoluta segurança de que todos os prazos serão cumpridos com todo rigor.

"O recinto será extraordinário e espetacular, de uma arquitetura inovadora em consonância com a cidade de Astana, que é uma espécie de mostruário de distintas correntes da arquitetura contemporânea", explicou Loscertales.

O país centro-asiático pretende arrecadar cerca de 330 milhões de euros de patrocinadores, venda de entradas e serviços durante o evento.