Protesto de taxistas contra Uber provoca caos no trânsito do Rio
Rio de Janeiro, 1 abr (EFE).- Um protesto de taxistas contra o aplicativo Uber provocou um caos no trânsito do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, com bloqueios em diferentes pontos da cidade, o que dificultou o deslocamento de milhares de pessoas, atrapalhando até quem precisava chegar aos aeroportos Santos Dumont e Galeão.
Os motoristas começaram a se concentrar na madrugada para percorrer a cidade em comboios ou bloquear importantes vias. Um deles, realizado na região portuária, teve reflexo no trânsito das três mais importantes vias expressas da cidade - a Linha Vermelha, a Avenida Brasil e a Linha Amarela -, prejudicando milhares de pessoas que tentavam chegar ao centro da cidade.
As paralisações também afetaram a Ponte Rio-Niterói. A Ecoponte, concessionária responsável pelo trecho, informou que, durante a manhã, o tempo de travessia chegou a 80 minutos, quando normalmente os motoristas demoram apenas 13 para percorrer os quase 14 quilômetros que ligam as duas cidades.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi obrigada a intervir para impedir que os taxistas bloqueassem a ponte.
A situação obrigou a Prefeitura do Rio a declarar estado de atenção e a pedir reforços para a Polícia Militar ajudar a destravar as ruas bloqueadas pelos taxistas. Entre prejudicadas pelo protesto estavam as que levam aos aeroportos Santos Dumont e Galeão.
Muitos passageiros desistiram de chegar de carro aos dois terminais e seguiram a pé, carregando as malas, para tentar chegar a tempo de embarcar.
A companhia aérea TAM divulgou comunicado para anunciar que os passageiros que perderem seus voos por causa do trânsito poderão remarcar a viagem para os próximos 15 dias sem nenhum custo adicional.
A Gol recomendou aos clientes com viagens marcadas a partir dos aeroportos Santos Dumont e Galeão a chegarem aos terminais com antecedência. Ainda assim, os passageiros que se apresentarem com atraso serão realocados em outros voos da empresa ao longo do dia, segundo a companhia.
Os bloqueios também tiveram reflexo no metrô, que recebeu um fluxo maior de passageiros do que o normal. Além disso, várias pessoas foram obrigadas a descer dos ônibus parados nas avenidas e percorrer longas distâncias a pé.
A situação só começou a melhorar por volta das 10h30, quando os taxistas começaram a desbloquear as ruas paralisadas.
Nas diferentes manifestações, os taxistas afirmavam que protestavam contra um serviço de transporte pirata por não pagar impostos e nem oferecer seguro aos passageiros. Em alguns pontos, os taxistas chegaram a intimidar motoristas que possuíam veículos pretos, acusando-os de prestarem serviços para o Uber.
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