Meirelles diz que "diagnóstico" de crise econômica é seu primeiro desafio
São Paulo, 23 mai (EFE).- O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que o "diagnóstico" da crise econômica o país enfrenta é seu "primeiro desafio" na gestão que começa com o presidente interino, Michel Temer.
"É um momento muito importante para a economia" e, nesse sentido, "viveremos momentos relevantes" e "extremamente positivos", afirmou Meirelles durante seu discurso em um fórum organizado pela revista "Veja" em São Paulo.
Após assumir como ministro e chefe da equipe econômica de Temer, Meirelles considerou que o diagnóstico da economia é "fundamental como ponto de partida" para endireitar as maltratadas contas do país.
"Necessitamos do diagnóstico para identificar qual é a fonte do problema", asseverou.
Meirelles é uma das apostas de Temer, que assumiu em 12 de maio, quando a presidente Dilma Rousseff foi afastada do cargo para encarar um julgamento político de impeachment por irregularidades na apresentação das contas de sua gestão em 2014 e 2015.
O Brasil, cuja economia contraiu em 2015 3,8% e neste ano deverá terminar com uma queda similar, enfrenta além disso uma alta inflação, que chegou em dezembro a 10,67%, e um crescente desemprego e juros altos.
"É muito importante endireitar a inflação e o crescimento, mas o foco agora deve ser o diagnóstico, ver o tamanho do problema e ver as soluções, passando por fatores como o fiscal", reiterou Meirelles.
Nessa direção, o ministro lembrou que entre 1991 e 2015 a despesa primária passou de 11% a 19% do Produto Interno Bruto (PIB) e no período 2008-2015 os ingressos cresceram 14% e as despesas 51%.
Por isso, disse, "a regra de ouro", com esse cenário à frente, é "desequilíbrio fiscal nunca mais".
Com esse argumento, Meirelles justificou também o anúncio de um déficit fiscal primário para este ano, antes do pagamento dos juros da dívida, de R$ 170,5 bilhões, o pior dado na história do país, que segundo o ministro fixou "com cálculos o mais rigoroso possível".
"A situação das contas fiscais é séria e grave, que deve ser solucionada, mas existe também muito potencial", apontou o ministro.
Assim, enfatizou, é preciso "tomar medidas que sejam eficazes e funcionem, porque todos estão de acordo de que não é um momento para falhar, é um momento para acertar e eu estou com pressa".
Com relação ao tipo de medidas adotadas pelo novo governo, Meirelles evitou dar detalhes porque as mesmas "estão sendo estudadas" e serão anunciadas amanhã.
No entanto, adiantou que as medidas terão como princípios "o controle de despesas primárias e financeiras, foco no desempenho de despesas e a prestação de serviços públicos", especialmente os orientados à "porção mais pobre do povo brasileiro".
"É um plano de voo com efeitos plurianuais", que tem por objetivo "o retorno da confiança das famílias e empresários para retomar a produção, as vendas, o emprego" e consequentemente ter um aumento do "potencial de crescimento para ter um aumento de produção e de renda", explicou.
"Serão as primeiras medidas para endireitar o problema, seguidas de medidas para melhorar o ambiente de negócios", especificou Meirelles, quem evitou no final de seu discurso falar com a imprensa.
"É um momento muito importante para a economia" e, nesse sentido, "viveremos momentos relevantes" e "extremamente positivos", afirmou Meirelles durante seu discurso em um fórum organizado pela revista "Veja" em São Paulo.
Após assumir como ministro e chefe da equipe econômica de Temer, Meirelles considerou que o diagnóstico da economia é "fundamental como ponto de partida" para endireitar as maltratadas contas do país.
"Necessitamos do diagnóstico para identificar qual é a fonte do problema", asseverou.
Meirelles é uma das apostas de Temer, que assumiu em 12 de maio, quando a presidente Dilma Rousseff foi afastada do cargo para encarar um julgamento político de impeachment por irregularidades na apresentação das contas de sua gestão em 2014 e 2015.
O Brasil, cuja economia contraiu em 2015 3,8% e neste ano deverá terminar com uma queda similar, enfrenta além disso uma alta inflação, que chegou em dezembro a 10,67%, e um crescente desemprego e juros altos.
"É muito importante endireitar a inflação e o crescimento, mas o foco agora deve ser o diagnóstico, ver o tamanho do problema e ver as soluções, passando por fatores como o fiscal", reiterou Meirelles.
Nessa direção, o ministro lembrou que entre 1991 e 2015 a despesa primária passou de 11% a 19% do Produto Interno Bruto (PIB) e no período 2008-2015 os ingressos cresceram 14% e as despesas 51%.
Por isso, disse, "a regra de ouro", com esse cenário à frente, é "desequilíbrio fiscal nunca mais".
Com esse argumento, Meirelles justificou também o anúncio de um déficit fiscal primário para este ano, antes do pagamento dos juros da dívida, de R$ 170,5 bilhões, o pior dado na história do país, que segundo o ministro fixou "com cálculos o mais rigoroso possível".
"A situação das contas fiscais é séria e grave, que deve ser solucionada, mas existe também muito potencial", apontou o ministro.
Assim, enfatizou, é preciso "tomar medidas que sejam eficazes e funcionem, porque todos estão de acordo de que não é um momento para falhar, é um momento para acertar e eu estou com pressa".
Com relação ao tipo de medidas adotadas pelo novo governo, Meirelles evitou dar detalhes porque as mesmas "estão sendo estudadas" e serão anunciadas amanhã.
No entanto, adiantou que as medidas terão como princípios "o controle de despesas primárias e financeiras, foco no desempenho de despesas e a prestação de serviços públicos", especialmente os orientados à "porção mais pobre do povo brasileiro".
"É um plano de voo com efeitos plurianuais", que tem por objetivo "o retorno da confiança das famílias e empresários para retomar a produção, as vendas, o emprego" e consequentemente ter um aumento do "potencial de crescimento para ter um aumento de produção e de renda", explicou.
"Serão as primeiras medidas para endireitar o problema, seguidas de medidas para melhorar o ambiente de negócios", especificou Meirelles, quem evitou no final de seu discurso falar com a imprensa.
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