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Banco da Inglaterra corta taxas de juros para 0,25%

04/08/2016 09h50

Londres, 4 ago (EFE).- O Banco da Inglaterra anunciou nesta quinta-feira um corte nas taxas de juros do Reino Unido, que se situarão agora em 0,25%, para fazer frente ao impacto na economia pela vitória do "Brexit" no referendo de 23 de junho.

Também foi iniciado um plano de estímulo econômico que inclui uma ampliação do programa de expansão quantitativa em 60 bilhões de libras (71 bilhões de euros), até um total de 435 bilhões de libras (515 bilhões de euros).

O corte da taxa de juros até o novo mínimo histórico de 0,25% era amplamente esperado pelos mercados financeiros, depois que dados recentes indicaram uma contração de setores-chave da economia britânica, o que aumenta o risco de recessão.

O Banco Central confia que o país consiga driblar a recessão (que ocorreria se tivesse dois trimestres consecutivos de contração), mas advertiu que espera "pouco crescimento" na segunda metade do ano.

Por isso rebaixou, assim, suas expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017 de 2,3%, que predisse em maio, até 0,8%, a maior revisão em baixa desde que começaram os prognósticos em 1992.

A previsão para 2016 se mantém inváriavel em 2%, devido ao bom rendimento da economia britânica na primeira metade deste ano, e foi rebaixada a perspectiva de crescimento em 2018 de 2,3% a 1,8%.

A entidade também prevê que o desemprego aumentará no próximo ano até 5,4% e chegará a 5,6% em 2018.

Esta é a primeira vez que o Banco da Inglaterra modifica os juros desde que os rebaixou até o então mínimo histórico de 0,5% em março de 2009 para fazer frente à crise financeira global.

Nessa data também introduziu seu programa de expansão quantitativa para estimular o crédito com a compra de bônus públicos e privados, que ficou congelado em novembro de 2012 com uma dotação de 375 bilhões de libras (447 bilhões de euros, no câmbio de hoje).

Desde então, tanto o preço do dinheiro como o plano de estímulo tinham se mantido intactos para escorar a recuperação econômica, algo que mudou hoje perante a necessidade de reforçar a economia frente aos efeitos do voto dos britânicos para sair da União Europeia (UE).