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Aterrissa em Cuba o primeiro voo comercial dos EUA desde 1961

31/08/2016 13h06

Santa Clara (Cuba), 31 ago (EFE).- O primeiro voo comercial regular entre Estados Unidos e Cuba desde 1961 aterrissou nesta quarta-feira no aeroporto Abel Santamaría, na cidade de Santa Clara, às 10h57 locais (11h57 de Brasília).

Trata-se do voo 387 da companhia aérea americana JetBlue, que decolou às 10h06 locais (11h06 de Brasília) da cidade de Fort Lauderdale, na Flórida, com turistas, jornalistas e autoridades a bordo, entre eles o secretário de Transporte dos EUA, Anthony Foxx.

A chegada do avião a Cuba é o mais novo feito histórico dentro do processo de normalização das relações entre os dois países, que foi anunciado em dezembro de 2014, após cinco décadas de inimizade.

"Este é um exemplo tangível das aproximações diplomáticas que o governo do presidente Barack Obama vem realizando", declarou Foxx aos jornalistas, entre eles a Agência Efe, pouco antes de o avião tocar solo cubano.

Apesar de a aeronave ter partido de Fort Lauderdale com cerca de 20 minutos de atraso, ela aterrissou em Santa Clara antes do horário previsto e, como ocorreu na decolagem na Flórida, cruzou ao pousar um arco formado por jatos de água, como acontece sempre que se trata de um voo inaugural.

Foxx foi o primeiro a sair do avião e cumprimentou assim que desceu das escadas o vice-ministro de Transporte da ilha, Eduardo Rodríguez.

Está previsto que Foxx tome um voo para Havana ainda hoje, onde será recebido pelo chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, e se reunirá com o ministro de Transportes do país, Adel Yzquierdo.

Este é o primeiro dos 110 voos diários diretos a Cuba que o Departamento de Transporte dos EUA (DOT, sigla em inglês) aprovou este ano. Esta autorização se estende às companhias aéreas American Airlines, Frontier, Silver Airways, Southwest e Sun Country, que poderão, por enquanto, voar para nove cidades de Cuba, sem incluir Havana.

Nessas rotas poderão viajar americanos que estejam nas 12 categorias de viagem para Cuba permitidas pelo governo dos EUA, já que o embargo econômico americano ao país caribenho segue vigente, motivo pelo qual os deslocamentos turísticos à ilha seguem vedados para os cidadãos desse país.

As razões de viagem permitidas para os americanos estão relacionadas com atividades culturais, empresariais, educacionais e jornalísticas.

Após a suspensão da proibição para voos comerciais, ficam pendentes as permissões para voar para Havana, pois as solicitações superaram o número inicial acordado pelos dois governos.