Google e Facebook restringirão anúncios em páginas de notícias falsas
Washington, 15 nov (EFE).- Google e Facebook adotarão medidas para conter a divulgação de notícias falsas na internet através da limitação de publicidade.
O Google decidiu fazer uma mudança política para evitar que locais que publicam notícias falsas usem a rede de publicidade Adsense. O sistema se baseia no recebimento de dinheiro por parte do administrador de cada página por clique ou visualização de anúncios. Em 2015, a empresa pagou US$ 10 bilhões aos sites.
Já o Facebook disse que irá atualizar suas políticas de propaganda para especificar que a restrição de receitas publicitárias também se aplique ao conteúdo falso nas notícias.
Atualmente, a rede social limita as próprias políticas e não se dirige aos locais falsos de notícias compartilhados pelos usuários em suas linhas do tempo.
As mudanças ocorrem depois de Google, Facebook e Twitter terem enfrentado uma reação negativa que desempenharam nas eleições presidenciais dos Estados Unidos ao permitir a divulgação de informações falsas e frequentemente maliciosa, que poderia ter influenciado na vitória do candidato republicano Donald Trump.
Diante dessas afirmações, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, reiterou nos últimos dias que a rede social criada por ele não teve papel ao influenciar no pleito.
"Não mostramos anúncios em aplicativos e locais que tenham conteúdo que seja ilegal ou enganoso, o que inclui notícias falsas", disse o Facebook em comunicado.
O Google também não abordará a questão das notícias falsas ou enganosas que aparecem em seus resultados de busca, mas tentará eliminar os incentivos monetários que parecem ter motivado a produção de muitas notícias falsas.
"Restringiremos a publicação de anúncios em páginas que falsifiquem, distorçam ou escondam informações sobre o editor, o conteúdo do editor ou o propósito principal da propriedade web", explicou o Google, sem detalhar como aplicará a nova política.
O Google já adotava normas para o Adsense com o objetivo de proibir que os anúncios apareçam junto a pornografia ou conteúdo violento. Além disso, há pessoas e mecanismos de inteligência artificial para revisar as páginas que aderem ao programa.
A empresa defendeu essas mudanças depois de o buscador ter levado os usuários a uma notícia falsa que afirmava que Trump tinha vencido no voto popular, apesar de a apuração ainda não ter terminado. Um porta-voz do Google, porém, afirmou que o trabalho de atualização da política de propaganda começou antes das eleições.
Já o Facebook recebeu críticas por permitir a propagação de desinformação favorável a Trump, apesar de Zuckerberg garantir que 99% dos conteúdos visíveis pros usuários estão certos.
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