Xangai se esforça para continuar a ter o maior metrô do mundo
Paula Escalada Medrano.
Xangai (China), 21 jul (EFE).- Ocultos em meio ao caos e ao barulho de uma das maiores e mais povoadas cidades do planeta, milhares de operários escavam o subsolo de Xangai fazendo crescer em suas raízes um sistema de transporte que concorre todo ano para continuar sendo o maior metrô do mundo.
Todos os dias, sob os pés dos mais de 30 milhões de pessoas que habitam a considerada capital financeira da China, eles trabalham de sol a sol para ligar algumas estações com novas através de um túnel de 6,76 metros de diâmetro.
Engenheiro daquela que será a futura linha 14, Ying Boxuan afirmou à Agência Efe que primeiro são construídas as estações, e depois começa o processo de ligá-las, com um avanço de cerca de dez metros por dia.
Assim, na futura estação de Jin Yue Road, no leste da cidade, os enormes pátios internos já estão construídos, e algumas escadas chegam até as plataformas da estação onde está o túnel.
Graças a enormes guindastes, os operários colocam placas de concreto com as quais selam os buracos feito pela máquina perfuradora e, em seguida, instalam os trilhos.
Em janeiro de 1993 foi inaugurada a primeira linha de metrô em Xangai. No final de 2016, estavam prontos 617 quilômetros formados por 367 estações e 15 linhas, incluindo a usada para o trem de alta velocidade de levitação magnética que vai até o Aeroporto Internacional de Pudong.
Segundo dados divulgados pelo presidente da companhia operadora do metrô de Xangai, Shao Weizhong, atualmente há projetos de construção para somar 216 quilômetros à rede.
Até o final de 2017, três novas linhas de metrô que somam 55 quilômetros serão completadas, e até 2020 o número de quilômetros totais com sistema funcionando passará de 830.
Com as novas linhas, contou Shao, busca-se corrigir os defeitos das já existentes e facilitar a baldeação entre estações.
A superexploração nas horas de 'rush' afeta consideravelmente o metrô da cidade, que lota no começo da manhã e no meio da tarde.
Os quilômetros da rede não são um sinal suficiente da magnitude deste sistema. Em 2016, o número médio de usuários que usaram o metrô foi de 9,28 milhões de pessoas (ou vezes por dia), ainda que durante os dias de trabalho tenha chegado a 10,65 milhões. E é muito provável que esta cifra fique para trás este ano, já que, nos seis primeiros meses de 2017, subiu para 9,54 milhões de pessoas ou vezes ao dia. O recorde foi batido no dia 28 de abril, com 11,87 milhões de pessoas.
A estação Praça do Povo é a mais usada e por ela passam cerca de 700 mil pessoas por dia.
O sistema de Xangai é o maior em extensão do mundo e o segundo maior em termos de uso, assegurou Shao, explicando que o objetivo no futuro é construir um sistema de metrô que seja "seguro, humano, verde, científico e inteligente".
O funcionário deu dados sobre o custo da construção e explicou que nos subúrbios o custo fica entre 500 e 700 milhões de iuanes por quilômetro (entre US$ 73,75 milhões a US$ 103,2 milhões), enquanto que na cidade os custos se elevam para entre 1 bilhão e 1,3 bilhão de iuanes por quilômetro (entre US$ 147,5 milhões a US$ 191,76 milhões).
Do dinheiro destinado a investimentos, de acordo com ele, 45% provém do governo municipal de Xangai, e 55% é investido pelos bancos. Depois, para cada 100 iuanes que entram em passagens, outros 20 se somam com anúncios, lojas e empresas de telecomunicação que prestam serviços ao metrô.
Mas a corrida do metrô de Xangai não é somente para superar a si mesmo, como também para continuar a ser o maior do mundo por quilômetros de vias, uma luta que estabelece com a capital Pequim, que também tem 20 projetos de crescimento para um total de mais de 350 quilômetros.
Segundo funcionários do governo local, 2017 é o maior ano de construção na história do metrô de Pequim, que atualmente tem 574 quilômetros em funcionamento e atende a uma média de 11 milhões de passageiros por dia.
Quando os projetos em curso terminarem, o comprimento total chegará aos 999 quilômetros, e o serviço da capital atenderá a 18,5 milhões de passageiros por dia.
Xangai (China), 21 jul (EFE).- Ocultos em meio ao caos e ao barulho de uma das maiores e mais povoadas cidades do planeta, milhares de operários escavam o subsolo de Xangai fazendo crescer em suas raízes um sistema de transporte que concorre todo ano para continuar sendo o maior metrô do mundo.
Todos os dias, sob os pés dos mais de 30 milhões de pessoas que habitam a considerada capital financeira da China, eles trabalham de sol a sol para ligar algumas estações com novas através de um túnel de 6,76 metros de diâmetro.
Engenheiro daquela que será a futura linha 14, Ying Boxuan afirmou à Agência Efe que primeiro são construídas as estações, e depois começa o processo de ligá-las, com um avanço de cerca de dez metros por dia.
Assim, na futura estação de Jin Yue Road, no leste da cidade, os enormes pátios internos já estão construídos, e algumas escadas chegam até as plataformas da estação onde está o túnel.
Graças a enormes guindastes, os operários colocam placas de concreto com as quais selam os buracos feito pela máquina perfuradora e, em seguida, instalam os trilhos.
Em janeiro de 1993 foi inaugurada a primeira linha de metrô em Xangai. No final de 2016, estavam prontos 617 quilômetros formados por 367 estações e 15 linhas, incluindo a usada para o trem de alta velocidade de levitação magnética que vai até o Aeroporto Internacional de Pudong.
Segundo dados divulgados pelo presidente da companhia operadora do metrô de Xangai, Shao Weizhong, atualmente há projetos de construção para somar 216 quilômetros à rede.
Até o final de 2017, três novas linhas de metrô que somam 55 quilômetros serão completadas, e até 2020 o número de quilômetros totais com sistema funcionando passará de 830.
Com as novas linhas, contou Shao, busca-se corrigir os defeitos das já existentes e facilitar a baldeação entre estações.
A superexploração nas horas de 'rush' afeta consideravelmente o metrô da cidade, que lota no começo da manhã e no meio da tarde.
Os quilômetros da rede não são um sinal suficiente da magnitude deste sistema. Em 2016, o número médio de usuários que usaram o metrô foi de 9,28 milhões de pessoas (ou vezes por dia), ainda que durante os dias de trabalho tenha chegado a 10,65 milhões. E é muito provável que esta cifra fique para trás este ano, já que, nos seis primeiros meses de 2017, subiu para 9,54 milhões de pessoas ou vezes ao dia. O recorde foi batido no dia 28 de abril, com 11,87 milhões de pessoas.
A estação Praça do Povo é a mais usada e por ela passam cerca de 700 mil pessoas por dia.
O sistema de Xangai é o maior em extensão do mundo e o segundo maior em termos de uso, assegurou Shao, explicando que o objetivo no futuro é construir um sistema de metrô que seja "seguro, humano, verde, científico e inteligente".
O funcionário deu dados sobre o custo da construção e explicou que nos subúrbios o custo fica entre 500 e 700 milhões de iuanes por quilômetro (entre US$ 73,75 milhões a US$ 103,2 milhões), enquanto que na cidade os custos se elevam para entre 1 bilhão e 1,3 bilhão de iuanes por quilômetro (entre US$ 147,5 milhões a US$ 191,76 milhões).
Do dinheiro destinado a investimentos, de acordo com ele, 45% provém do governo municipal de Xangai, e 55% é investido pelos bancos. Depois, para cada 100 iuanes que entram em passagens, outros 20 se somam com anúncios, lojas e empresas de telecomunicação que prestam serviços ao metrô.
Mas a corrida do metrô de Xangai não é somente para superar a si mesmo, como também para continuar a ser o maior do mundo por quilômetros de vias, uma luta que estabelece com a capital Pequim, que também tem 20 projetos de crescimento para um total de mais de 350 quilômetros.
Segundo funcionários do governo local, 2017 é o maior ano de construção na história do metrô de Pequim, que atualmente tem 574 quilômetros em funcionamento e atende a uma média de 11 milhões de passageiros por dia.
Quando os projetos em curso terminarem, o comprimento total chegará aos 999 quilômetros, e o serviço da capital atenderá a 18,5 milhões de passageiros por dia.
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