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Câmara de Comércio dos EUA vê risco para empresas e investimento na Catalunha

17/09/2017 16h39

Barcelona, 17 set (EFE).- O presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos na Espanha, Jaime Malet, vê riscos de que a Catalunha perca a sede de "muitas empresas" e também investimentos dependendo do resultado do referendo independentista marcado para 1º de outubro e considerado ilegal pelo governo da Espanha.

Malet disse à Agência Efe que "muitas companhias" têm "planos de contingência preparados" para levar as sedes de suas companhias da Catalunha para outras partes da Espanha em função caso o voto a favor da separação vença.

"O plano de contingência para uma companhia catalã que tenha a sua sede social em Barcelona ou em Girona é muito barato e muito fácil. De um dia para o outro pode ser convocado um conselho de administração, que já está preparado, e em 24 horas já se tem a sede em qualquer outra parte da geografia espanhola", argumentou.

Malet afirmou que o processo em favor da independência da Catalunha já fez com que "alguns investimentos que tinham que vir não viessem".

"Sei de algumas companhias que tinham planos (de investimento) e que foram para outros lugares. Isse não aconteceu de forma generalizada, e sim muito minoritária, mas pode acontecer a partir de agora", frisou.

O presidente da Câmara de Comércio dos EUA na Espanha opinou que, quando for divulgado "no mundo todo que um Parlamento não vai cumprir o que diz o Tribunal Constitucional, estaremos em um momento muito perigoso".

A Câmara de Comércio é uma instituição centenária da qual fazem parte 288 sócios que somam um faturamento conjunto na Espanha de 248 bilhões de euros.

Fazem parte desta câmara grandes multinacionais americanas como HP, General Electric, Pfizer, Cisco e Dow Chemical, entre outras.

Dando como certo que a independência não acontecerá, Malet alertou, no entanto, que "o problema pode começar no dia que se tentar construir uma realidade paralela à que temos"

"Nesse dia os investidores não deixarão a Catalunha e irão para outro lugar, mas haverá mudanças de sedes", opinou, além de ressaltar que "se sublevar contra um governo de um país é um delito muito grave".