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Para diminuir desigualdade, FMI fala em maior imposto para os mais ricos

11/10/2017 14h27

Washington, 11 out (EFE).- A desiguldade econômica cresceu nos três maiores países do mundo: China, Índia e EUA, por isso é importante recorrer a uma "tributação progressiva", incluindo o aumento de impostos às rendas mais altas e renda básica universal, que favoreça a redistribuição, indicou o FMI.

"É importante enfatizar que a desigualdade cresceu nos maiores países do mundo: China, Índia e EUA", disse Vitor Gaspar, diretor do Departamento de Assuntos Monetários do Fundo Monetário Interncional (FMI), em coletiva de imprensa.

Ainda que tenha dito que a "desigualdade entre países reduziu", Gaspar advertiu que o "desequilíbrio de investimentos no seio dos países, especialmente nos avançados, aumentou notavelmente nos últimos 30 anos".

A julgamento do FMI, esta crescente brecha de investimentos tem perigosos efeitos.

"Um pouco de desigualdade é inevitável em uma economia de mercado, mas uma desigualdade excessiva pode fazer desmoronar a coesão social, conduzir a uma polarização política e, em última instância, reduzir o crescimento econômico", sublinhou o reporte fiscal.

Para atalhar esta tendência, o FMI apontou que "uma tributação e transferências progressivas são componentes fundamentais para uma redistribuição mais eficaz" e destacou que "há espaço fiscal nos países avançados para aumentar os tipos impostivos máximos nas rendas mais altas" sem que isso freie o crescimento econômico.

Gaspar usou como exemplos os programas de transferência condicionada de dinheiro adotado no Brasil e no México.

Além disso, reconheceu como um "debate importante" o da renda básica universal, que ofereceria um salário contínuo aos cidadãos.

Esta opção poderia ajudar a reduzir "significativamente a desigualdade e pobreza", mas o FMI matizou que só é aconselhável em um contexto de amplos recursos fiscais.