Xangai lança sua primeira estação solar para carregar veículos elétricos

Xangai (China), 25 out (EFE).- A cidade chinesa de Xangai lançou, ainda em fase experimental, sua primeira estação de carga de energia solar para veículos elétricos, uma opção que será replicada nos próximos anos para fomentar o uso de energias limpas e lutar contra a contaminação, informou nesta quarta-feira o jornal local "Xangai Daily".

A estação é formada por 12 postes de carga aos quais chega energia graças a 40 painéis solares que foram instalados no mirante do edifício, segundo explicou a State Grid Xangai Electric Power Company, fornecedora de energia da cidade.

Os postes oferecem um serviço de carga rápida com corrente contínua a quase todos os veículos vendidos após 2015.

No total é necessária meia hora para carregar 70% da bateria e cerca de duas horas para preencher totalmente a bateria de um veículo elétrico.

Em comparação com as estações tradicionais para veículos elétricos, a nova estação de carga pretende oferecer "energia verde pura" e, para isso, necessita apenas de painéis solares, baterias de grande capacidade e postes de carga.

Por isso, no edifício foram instaladas também baterias de lítio para armazenar eletricidade para serviços noturnos ou dias nublados.

A estação foi conectada à rede elétrica da cidade para o caso de a demanda exceder sua capacidade de produzir energia solar.

A expectativa é que os postes de carga de energia solar se promovam amplamente em toda a cidade e, segundo a empresa, poderiam ajudar a aumentar a popularidade dos veículos de energia ecológica.

A China é o país do mundo onde mais veículos elétricos são vendidos. No ano passado, as vendas de veículos elétricos e híbridos dispararam 53%, até superar ligeiramente o meio milhão de unidades, o dobro da Europa (com 221.000) e quase o quádruplo dos Estados Unidos (com 157.000), e se espera que esta cifra cresça consideravelmente ano após ano.

Segundo dados oficiais, a previsão é que em 2020 sejam vendidos dois milhões de unidades destes veículos graças em parte aos incentivos fiscais e ao fato de que os próprios governos locais estão fazendo planos para fomentá-los.