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OPEP afirma que mercado recuperou "otimismo" após cortes na produção

27/11/2017 12h05

Viena, 27 nov (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammed Barkindo, afirmou nesta segunda-feira que o corte pactuado por 24 países há quase um ano devolveu o "otimismo" e a "confiança" a um mercado petroleiro que está a caminho de "recuperar o equilíbrio".

Barkindo se referia à limitação da produção petrolífera em quase 1,8 milhão de barris diários (mbd) que, selada em 2016 por 24 países produtores, contribuiu para um encarecimento do barril até níveis que não se viam em dois anos e meio.

Além dos 14 sócios da OPEP, o pacto foi aderido por Rússia, México, Cazaquistão, Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Malásia, Omã, Sudão e Sudão do Sul.

"O fato de que o cumprimento médio dos ajustes de fornecimento tenha sido superior a 100% desde a aplicação da decisão, em janeiro deste ano, não só me alegra, mas trouxe um novo otimismo ao mercado petroleiro que não se via há tempos", afirmou Barkindo em Viena ao início de uma reunião de cooperação técnica entre a OPEP e outros países petroleiros.

Esse otimismo se traduz em um aumento dos preços, com o barril referencial da OPEP acima de US$ 61, quando há um ano era vendido por cerca de US$ 45.

A OPEP e seus aliados se reúnem nesta quinta-feira na capital austríaca para debater um possível prolongamento desse corte, além da data pactuada do próximo dia 31 de março.

"As condições atuais do mercado, o nível de confiança e o otimismo reinante na indústria são uma prova do resultado de nossos esforços conjuntos", acrescentou Barkindo.

O secretário-geral da OPEP elogiou a cooperação do grupo energético com produtores alheios e abriu a porta a que esta possa continuar no futuro, além deste acordo pontual.

"O nosso trabalho conjunto no último ano forjou novas relações entre a OPEP e os países que não pertencem à OPEP que nunca existiram no passado", considerou.

"Isto levou a novas amizades, novas oportunidades e assentou as bases para continuar com a nossa cooperação no futuro", completou.

Estas declarações de Barkindo parecem reforçar a impressão de que a OPEP e seus aliados estenderão na quinta-feira o corte da produção de petróleo para além de 31 de março de 2018.