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Por seca, Egito proíbe cultivo de sementes que necessitam de muita irrigação

23/04/2018 13h19

Cairo, 23 abr (EFE).- O Parlamento egípcio aprovou uma emenda à lei de agricultura que proíbe o cultivo de certas sementes a fim de reduzir o consumo de água por temor de uma seca no país, informou nesta segunda-feira o jornal "Al Ahram".

Durante a sessão de ontem, o presidente do Parlamento, Ali Abdelaal, destacou que o Egito sofre com "uma escassez de água", por isso que pediu uma redução de seu consumo na agricultura.

O texto indica que aquelas pessoas que não respeitarem a lei serão sancionadas com uma multa que pode ir de 3 mil libras egípcias (US$ 170) até as 10 mil libras (US$ 565) e também poderão ser condenadas a seis meses de prisão.

O Egito teme uma crise de água após a conclusão da construção da Grande Represa do Renascimento, na Etiópia, no rio Nilo, que afetará a quantidade de água entregue ao país árabe.

O Governo do Cairo se opôs à construção da represa ao considerar que pioraria seu abastecimento de água e poria fim aos acordos assinados na época colonial entre o Reino Unido, Egito e Sudão, considerados ilegítimos pela Etiópia já que não contavam com outros países ribeirinhos do Nilo.