China se prepara para quando a robótica for obrigatória nas escolas
Alejandra Olcese.
Shenzhen (China), 24 abr (EFE).- Construir um robô com peças metálicas interconectadas e aprender a programá-lo com um computador em breve será matéria obrigatória nos sistemas de ensino de todo o mundo, segundo prevê a empresa chinesa de robótica Makeblock, que pretende aproveitar a tendência.
Na sede da companhia na cidade de Shenzhen, conhecida como o Vale do Silício da China, são exibidos diferentes kits para a criação de robôs com os quais crianças a partir de 6 anos podem aprender a programar com um software e depois comprovar fisicamente, em um brinquedo, quais são suas funcionalidades.
Além de comercializar esses produtos em pontos de venda de 140 países (70% do faturamento da empresa procede do exterior), a Makeblock desenvolveu um conceito de "laboratório de robótica" que já está implantado em 20 mil colégios de todo o mundo.
Kenny Wang, representante da empresa na Europa e na África, explicou à Agência Efe que na Europa os países nos quais a Makeblock tem mais presença são Reino Unido e França, onde "os sistemas educacionais estão mais avançados".
A implantação de robótica e programação como matéria estudantil requer primeiramente uma legislação sobre o tema, depois é necessário formar os professores para que estejam preparados.
"A chave da educação é empoderar as crianças e jovens para que sejam capazes de criar coisas", disse Wang ao explicar que a programação serve para "conectar as pessoas com a inteligência artificial e os robôs".
Essa matéria escolar do futuro próximo faz parte da chamada metodologia STEAM, que engloba o estudo e aprendizagem de diversas disciplinas como ciências, tecnologia, engenharia, arte e matemática.
A implantação dessa matéria como sendo obrigatória pode despertar as críticas dos que lamentam que as crianças e jovens passam muitas horas em frente a monitores em vez de brincarem ao ar livre ou praticarem esporte.
"O nosso sistema combina o computador com o brinquedo, o mundo digital com o mundo físico", por isso é preferível isso aos videogames, defende a Makeblock.
Entre os produtos da empresa se destacam um robô leve com forma de drone que pode voar e deslizar pelo chão ou pela água, e um robô inteligente com forma de carro que combina um suporte de quatro rodas e é capaz de evitar obstáculos, identificar cores e seguir linhas.
A empresa chinesa também organiza competições de robótica para crianças e jovens em diversos países do mundo em parceria com empresas ou associações.
Um exemplo é o evento realizado nos Estados Unidos no ano passado em colaboração com o jornal "The Washington Post", no qual os participantes eram desafiados a construir em 12 horas um robô que ajudasse jornalistas a obter informação em situações adversas como um incêndio ou um vazamento de gás.
O modelo de negócio da companhia se divide entre a venda ao consumidor final e os acordos com colégios e institutos, que representam respectivamente de 30% a 40% e 60% a 70% do faturamento total.
Em 2017, a empresa chinesa aumentou o faturamento em 61%, até US$ 320 milhões. No ano anterior, esse número era de US$ 200 milhões. EFE
aoz/vnm/rsd
(vídeo)
Shenzhen (China), 24 abr (EFE).- Construir um robô com peças metálicas interconectadas e aprender a programá-lo com um computador em breve será matéria obrigatória nos sistemas de ensino de todo o mundo, segundo prevê a empresa chinesa de robótica Makeblock, que pretende aproveitar a tendência.
Na sede da companhia na cidade de Shenzhen, conhecida como o Vale do Silício da China, são exibidos diferentes kits para a criação de robôs com os quais crianças a partir de 6 anos podem aprender a programar com um software e depois comprovar fisicamente, em um brinquedo, quais são suas funcionalidades.
Além de comercializar esses produtos em pontos de venda de 140 países (70% do faturamento da empresa procede do exterior), a Makeblock desenvolveu um conceito de "laboratório de robótica" que já está implantado em 20 mil colégios de todo o mundo.
Kenny Wang, representante da empresa na Europa e na África, explicou à Agência Efe que na Europa os países nos quais a Makeblock tem mais presença são Reino Unido e França, onde "os sistemas educacionais estão mais avançados".
A implantação de robótica e programação como matéria estudantil requer primeiramente uma legislação sobre o tema, depois é necessário formar os professores para que estejam preparados.
"A chave da educação é empoderar as crianças e jovens para que sejam capazes de criar coisas", disse Wang ao explicar que a programação serve para "conectar as pessoas com a inteligência artificial e os robôs".
Essa matéria escolar do futuro próximo faz parte da chamada metodologia STEAM, que engloba o estudo e aprendizagem de diversas disciplinas como ciências, tecnologia, engenharia, arte e matemática.
A implantação dessa matéria como sendo obrigatória pode despertar as críticas dos que lamentam que as crianças e jovens passam muitas horas em frente a monitores em vez de brincarem ao ar livre ou praticarem esporte.
"O nosso sistema combina o computador com o brinquedo, o mundo digital com o mundo físico", por isso é preferível isso aos videogames, defende a Makeblock.
Entre os produtos da empresa se destacam um robô leve com forma de drone que pode voar e deslizar pelo chão ou pela água, e um robô inteligente com forma de carro que combina um suporte de quatro rodas e é capaz de evitar obstáculos, identificar cores e seguir linhas.
A empresa chinesa também organiza competições de robótica para crianças e jovens em diversos países do mundo em parceria com empresas ou associações.
Um exemplo é o evento realizado nos Estados Unidos no ano passado em colaboração com o jornal "The Washington Post", no qual os participantes eram desafiados a construir em 12 horas um robô que ajudasse jornalistas a obter informação em situações adversas como um incêndio ou um vazamento de gás.
O modelo de negócio da companhia se divide entre a venda ao consumidor final e os acordos com colégios e institutos, que representam respectivamente de 30% a 40% e 60% a 70% do faturamento total.
Em 2017, a empresa chinesa aumentou o faturamento em 61%, até US$ 320 milhões. No ano anterior, esse número era de US$ 200 milhões. EFE
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