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França pede aos EUA no G20 que deixem "lei da selva" e respeitem as regras

22/07/2018 13h31

Buenos Aires, 22 jul (EFE).- O ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, pediu neste domingo aos Estados Unidos, durante a reunião do G20 de Buenos Aires, que "respeitem as regras do multilateralismo" e seus aliados.

"O comércio mundial não pode basear-se na lei da selva e o aumento unilateral das tarifas é a lei da selva", escreveu Le Maire no Twitter, no momento em que participa do encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 na capital argentina.

A reunião está marcada pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reforçar sua política protecionista mediante a aplicação de tarifas a seus parceiros comerciais, especialmente a China.

"Fazemos um apelo aos Estados Unidos para que vejam o sentido, respeitem as regras do multilateralismo e respeitem seus aliados", ressaltou o titular de Economia da França, que no marco da reunião de Buenos Aires teve um encontro bilateral com o secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin.

"Sempre uma boa reunião com o ministro de Finanças francês @BrunoLeMaire. Seguiremos trabalhando juntos para combater as finanças ilícitas", escreveu o representante do governo de Trump no Twitter.

Já neste sábado, e em um encontro com meios de comunicação argentinos, Mnuchin especificou que, se a União Europeia estiver disposta a um tratado livre-comércio, os Estados Unidos também estão.

"Um tratado livre, sem tarifas. Nossa mensagem é clara: comércio livre, justo e recíproco", disse o americano segundo publicou o portal "Infobae".

Sobre a China, afirmou que ambos países necessitam "uma relação comercial mais balanceada" e seguirão negociando, embora tenha ressaltado que "a única restrição é por questões de segurança".

"Mas temos um mercado muito, muito aberto. Esperemos que a China avance para um comércio mais equilibrado", concluiu.

Mnuchin também teve encontros com o titular da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurria, e com homólogos como o britânico Philip Hammond, com quem apostou, segundo disse, em "sustentar uma associação econômica que seja benéfica para ambas nações".

Na segunda e última jornada da cúpula, as sessões, a portas fechadas, versarão principalmente sobre a tecnologia no setor financeiro, o sistema tributário e a inclusão financeira, depois que ontem a discussão se centrou nos "riscos e oportunidades" da economia global, com ênfase no futuro do trabalho e na infraestrutura para o desenvolvimento.