OMC evita críticas a Trump ao analisar política comercial dos EUA
Genebra, 17 dez (EFE).- A Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou nesta segunda-feira o relatório sobre as políticas comerciais dos Estados Unidos nos dois últimos anos, no qual evitou avaliar os frequentes embates do governo de Donald Trump com os parceiros comerciais e as medidas protecionistas adotadas.
Essa revisão periódica feita pelo Órgão de Análise das Políticas Comerciais - a 14ª sobre os EUA - estuda principalmente a evolução nos anos 2017 e 2018, que coincidem com a chegada de Trump à presidência.
Nesses dois anos, "o foco da política americana mudou para políticas voltadas a apoiar a segurança nacional e fortalecer a economia", especialmente com a chegada da Agenda de Política Comercial de 2018, na qual o governo de Trump defende a renegociação dos acordos com os parceiros.
A OMC lembra que os EUA renegociaram neste ano o Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta), chegando a acordos com o México em agosto e com o Canadá em outubro. O mesmo foi feito com o acordo comercial com a Coreia do Sul.
Ao mesmo tempo, os EUA se mostraram reticentes a aumentar os tratados de livre-comércio (atualmente possuem 14 com 20 parceiros), como demonstraram com a saída do Tratado Transpacífico (TPP) e a paralisação das negociações para um pacto similar com a União Europeia.
O relatório da OMC afirma que os Estados Unidos "utilizam frequentemente as medidas antidumping" para sancionar a entrada de importações, com 340 em vigor atualmente (26% a mais que em 2016) nas quais os parceiros mais afetados são China, Taiwan, União Europeia, Índia, Japão e Coreia do Sul.
O documento também menciona a guerra comercial entre EUA e China, iniciada em julho com a aplicação de tarifas de 25% a importações chinesas no valor de US$ 34 bilhões - respondidas por Pequim com sanções similares.
Os EUA mantêm um déficit comercial com a China de aproximadamente US$ 370 bilhões anuais, de um total de US$ 807,5 bilhões em 2017. Apesar das tensões tarifárias, a OMC admite que o número médio das taxas às importações nos EUA tem se mantido de forma moderada, em uma média de 4,8%, excetuando setores como o agrícola (onde alguns produtos, como tabaco e amendoins, têm tarifas próximas a 100%) e o têxtil.
O relatório também explica que os EUA aplicaram multas no valor de US$ 400 milhões em cumprimento de leis antimonopólio (sobretudo em setores como autopeças, promoção imobiliária ou comércio de divisas) e se envolveu em 34 disputas dentro da OMC (em 21 como parte processada e em 13 como parte acusadora).
A OMC ressalta no documento que as mudanças na produção de petróleo e gás que os Estados Unidos lideraram (por exemplo, com o uso da chamada fratura hidráulica, ou "fracking") tiveram "um profundo efeito nos mercados globais de energia nos últimos 10 anos".
A organização indica que, graças em parte às novas técnicas - criticadas por organizações ambientais pelos riscos - em 2018 os EUA conseguiram superar seu recorde histórico de produção diária, superando os 11 milhões de barris.
A OMC destaca que a economia dos Estados Unidos está no nono ano consecutivo de expansão: o PIB aumentou 2,2% em 2017, após a alta de 1,6% em 2016, e no segundo trimestre de 2018 a ascensão disparou a 4,1%.
Essa revisão periódica feita pelo Órgão de Análise das Políticas Comerciais - a 14ª sobre os EUA - estuda principalmente a evolução nos anos 2017 e 2018, que coincidem com a chegada de Trump à presidência.
Nesses dois anos, "o foco da política americana mudou para políticas voltadas a apoiar a segurança nacional e fortalecer a economia", especialmente com a chegada da Agenda de Política Comercial de 2018, na qual o governo de Trump defende a renegociação dos acordos com os parceiros.
A OMC lembra que os EUA renegociaram neste ano o Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta), chegando a acordos com o México em agosto e com o Canadá em outubro. O mesmo foi feito com o acordo comercial com a Coreia do Sul.
Ao mesmo tempo, os EUA se mostraram reticentes a aumentar os tratados de livre-comércio (atualmente possuem 14 com 20 parceiros), como demonstraram com a saída do Tratado Transpacífico (TPP) e a paralisação das negociações para um pacto similar com a União Europeia.
O relatório da OMC afirma que os Estados Unidos "utilizam frequentemente as medidas antidumping" para sancionar a entrada de importações, com 340 em vigor atualmente (26% a mais que em 2016) nas quais os parceiros mais afetados são China, Taiwan, União Europeia, Índia, Japão e Coreia do Sul.
O documento também menciona a guerra comercial entre EUA e China, iniciada em julho com a aplicação de tarifas de 25% a importações chinesas no valor de US$ 34 bilhões - respondidas por Pequim com sanções similares.
Os EUA mantêm um déficit comercial com a China de aproximadamente US$ 370 bilhões anuais, de um total de US$ 807,5 bilhões em 2017. Apesar das tensões tarifárias, a OMC admite que o número médio das taxas às importações nos EUA tem se mantido de forma moderada, em uma média de 4,8%, excetuando setores como o agrícola (onde alguns produtos, como tabaco e amendoins, têm tarifas próximas a 100%) e o têxtil.
O relatório também explica que os EUA aplicaram multas no valor de US$ 400 milhões em cumprimento de leis antimonopólio (sobretudo em setores como autopeças, promoção imobiliária ou comércio de divisas) e se envolveu em 34 disputas dentro da OMC (em 21 como parte processada e em 13 como parte acusadora).
A OMC ressalta no documento que as mudanças na produção de petróleo e gás que os Estados Unidos lideraram (por exemplo, com o uso da chamada fratura hidráulica, ou "fracking") tiveram "um profundo efeito nos mercados globais de energia nos últimos 10 anos".
A organização indica que, graças em parte às novas técnicas - criticadas por organizações ambientais pelos riscos - em 2018 os EUA conseguiram superar seu recorde histórico de produção diária, superando os 11 milhões de barris.
A OMC destaca que a economia dos Estados Unidos está no nono ano consecutivo de expansão: o PIB aumentou 2,2% em 2017, após a alta de 1,6% em 2016, e no segundo trimestre de 2018 a ascensão disparou a 4,1%.
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