Alemanha retira permissão para operar de companhia aérea iraniana Mahan Air
Berlim, 21 jan (EFE).- A autoridade alemã de aviação civil retirou da companhia aérea iraniana Mahan Air a permissão de operar na Alemanha, informou o governo alemão nesta segunda-feira.
De acordo com um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, o governo considerou "necessário e sem demora" o fim da permissão, para "resguardar os interesses" da Alemanha em matéria de políticas exteriores e de segurança.
A companhia aérea Mahan Air transporta equipamentos, armas, munição e combatentes para zonas de conflito no Oriente Médio, especialmente para a Síria, segundo o governo americano.
O porta-voz ressaltou que é de interesse do seu país não permitir o tráfego aéreo para de companhias "que apoiam a guerra na Síria e contribuem para reprimir pessoas em zonas em conflito". Ele acrescentou que outro motivo para proibir à companhia de atuar na Alemanha são os "grandes indícios" existentes de atividades dos serviços secretos iranianos na Europa.
Na semana passada, um alemão de origem afegã, que trabalhava para o Exército alemão como tradutor, foi detido com a suspeita de espionar para o Irã. O homem é investigado por fornecer aos serviços secretos iranianos "informações altamente sensíveis". No ano passado, foi detido na Alemanha um diplomata iraniano, credenciado na Áustria, suspeito de ter encomendado um ataque, que foi evitado, contra forças da oposição ao regime iraniano em Paris.
A Mahan Air, que desde 2011 está na lista de empresas sancionadas pelos Estados Unidos, voava da Alemanha (quatro vezes por semana desde Düsseldorf e duas vezes por semana de Munique) para o Aeroporto de Tehran-Imam Khomeini, em Teerã, com um Airbus A340-300, de acordo com o jornal "Bild". Segundo a publicação, o diretor-gerente da Mahan Air, Hamid Arabnejad, é um antigo comandante da Guarda Revolucionária do Irã e está proibido de entrar nos Estados Unidos desde 2013. EFE
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